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Algumas obras literárias permitem (quase) todo tipo de leitura: feminista, psicanalítica, histórica, geográfica entre outras. Até que demorou para aparecer uma interpretação darwinista. É o que propõem David P. Barash e Nanelle R. Barash em Os Ovários de Madame Bovary (Tradução de Cláudio Figueiredo. Relume Dumará, 262 págs., R$ 39,90). Pai e filha, os pesquisadores, partem da teoria da evolução, de Charles Darwin, para, por exemplo, explicar a Ilíada por meio de elefantes-marinhos e as obras de Shakespeare através dos gorilas. Entre os personagens estudados, estão o Alexander Portnoy de Philip Roth, e a Bridget Jones de Helen Fielding.
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