Teatro

Palco Giratório

Teatro Sesc da Esquina (R. Visc. do Rio Branco, 969), (41) 3304-2222. Escapada, hoje, às 20 horas (classificação indicativa: livre). Pai e Filho, amanhã, às 20 horas (classificação indicativa: 14 anos). R$ 6 e R$ 3 (meia-entrada). Entrada franca para comerciários.

CARREGANDO :)

O Festival Palco Giratório, que acontece durante todo o mês em Curitiba, traz hoje e amanhã ao Sesc da Esquina duas adaptações. Pai e Filho, com sessão amanhã, é uma versão de Carta ao Pai, de Franz Kafka, com texto de Marcelo Enrique Flecha para sua pequena companhia de teatro, do Maranhão.

Já Escapada, faz uma nova modelagem de si mesmo, 14 anos após a estreia em São Paulo, quando o diretor e co­reógrafo Mário Nascimento vivia seus anos de barra pesada e não via muita esperança no futuro. Transferido para Minas Gerais, hoje o espetáculo de dança e teatro cresceu, de dois para oito artistas, e mantém o tema da busca por novos caminhos no meio urbano, mas respira mais otimismo.

Publicidade

"Pode ser que o escape seja uma das dificuldades que a própria pessoa se impõe. As coisas às vezes são menores e mais simples", opina o diretor, que lembra com saudosismo dos prêmios e da turnê pela Alemanha conquistadas com a versão antiga da peça, mais pesada, mas degusta esse momento melhor que está vindo com a idade.

Amanhã, quem assistir a Pai e Filho poderá pensar que os atores, representando o texto tenso, quase como num ringue, estão relembrando um passado sombrio de sofrimentos vividos em casa. Nada mais equivocado.

Antes de adotar o texto de Kafka, os atores foram instigados a construir seus personagens, com ordem para não imitar ninguém, nem buscar referências pessoais. Só quando estavam prontos partiram para a literatura.

"Fazemos mais treinamento físico em sala de ensaio, sem mesa de leitura. Acreditamos na polidramaturgia, ou seja, a criação do ator, do autor e, finalmente, do diretor, com informações que vêm do cenário e da trilha sonora", conta Flecha.

O grupo faz exercícios "antagônicos", em que os atores (Cláudio Marconcine e Jorge Choairy) experimentam movimentos opostos, como a tensão seguida de relaxamento.

Publicidade