The Cult promete um show intenso e dramático

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Fundadora do rock gótico, expoente do pós-punk, ícone do hard rock britânico dos anos 80, o The Cult não terá moleza em sua quarta passagem por Curitiba – a banda será a terceira atração do palco principal do Lupaluna (confira o serviço completo do festival), o LunaStage, na primeira noite do festival (sexta-feira, 13 de maio). Ao contrário das vezes anteriores (2001, 2006 e 2008), quando o grupo se apresentou em casas de shows, apenas para os seus fãs, agora Ian Astbury e sua turma terão a responsabilidade de não deixar a peteca cair numa noite tão agitada quanto eclética – o line-up nessa noite inclui ainda Copacabana Club, Paralamas do Sucesso com Frejat, Ivete Sangalo, Charlie Brown Jr. e Monobloco com Fernanda Abreu (confira a escalação completa no quadro ao lado). Detalhe: o Cult vai tocar entre o Paralamas e Ivete Sangalo (!), embora tenha sido programado um intervalo entre a apresentação da banda britânica e a da estrela baiana, no qual o DJ FMZ vai "re­­gular o clima".

Em entrevista por telefone à Gazeta do Povo, o vocalista Ian Astbury mostrou que está preparado para o desafio: "O show vai ser intenso. Estamos com um repertório novo em folha, que reúne canções inéditas e outras antigas, que não tocamos ao vivo há tempos. É um show dramático, mas bem equilibrado. A banda está em chamas!"

Para vir ao Lupaluna, o The Cult deu um tempo nas gravações do próximo álbum, o nono da carreira e o primeiro de inéditas desde Born into This, de 2007. Astbury também falou sobre o novo trabalho: "[As gravações] estão indo bem. Temos em torno de 25 canções não acabadas", revela, lembrando que dessa vez o grupo não vai lançar as músicas em "cápsulas" – singles de quatro faixas em CD/DVD dualdisc, vinil de 12 polegadas e pen drive para downloads digitais, comercializados no ano passado. "Dessa vez será um álbum cheio, no formato tradicional. Não temos uma previsão de lançamento, pois ainda estamos compondo", informou.

O vocalista disse não se lembrar de muita coisa das outras passagens por Curitiba, e justificou. "Quando viajo em turnê, apenas aterrisso e decolo das cidades, dificilmente tenho tempo de conhecê-las". Mas não será surpresa se você cruzar com ele no meio da galera no Lupaluna. "Costumo chegar ao evento algumas horas antes e passear pela plateia ou pelos arredores, para sentir como é o público".

Para finalizar, Ian Astbury contou o que conhece da música brasileira. "Bem, posso citar CSS [Cansei de Ser Sexy], Sepultura, Jorge Ben Jor... Mas a verdade é que nós quase não somos expostos à música brasileira por aqui [Los Angeles, onde mora]", concluiu.