O Guairinha aprovou a segunda montagem de "O Homem Travesseiro" apresentada neste Festival de Teatro. Na terça-feira, com o nome original "The Pillowman", os paulistanos comandados por Bruno Guida e Dagoberto Feliz executaram um thriller capaz de manter o público atento ao longo de duas horas e meia de peça.
O texto de Martin McDonagh também foi alvo de adaptação carioca com Tonico Pereira e Ricardo Blat, apresentada nas noites de segunda e terça-feira no Teatro Bom Jesus com o nome traduzido: "O Homem Travesseiro".
Quem fez a opção por acompanhar as duas montagens certamente saiu com uma visão mais rica das inúmeras possibilidades do teatro.
Na versão paulistana, o clima soturno da peça de humor negro é muito bem contrastado por brinquedos jogados pelo chão, de onde um dos atores observa a ação durante um bom tempo. O mesmo é feito pelo ator que interpreta Michael, o irmão doente mental do protagonista, Katurian K. Katurian. O nome fora dado por pais "muito engraçados", que se revelam sádicos e pervertidos.
Como fruto de experiências dessa dupla que é a origem do mal, mas nunca aparece, o filho se tornou um exímio escritor de histórias de terror. Muitas delas envolvem tortura e assassinato de crianças, motivo pelo qual o escritor se vê preso e sendo interrogado por detetives ao mesmo tempo burlescos e violentos.
Enquanto questiona o senso comum, a peça mantém o interesse do espectador graças a um excelente desenrolar da história, sempre surpreendente.
Interação
Na estreia, alguns espectadores reclamaram do "riso fora de hora", quando o público solta gargalhadas, quase gritos, nervosos.
Uma garota chegou inclusive a interagir com os atores, avisando: "Olha a cabeça!", quando um ator subiu na mesa e se aproximou da luminária. Ele aproveitou a deixa e olhou para o lustre.A peça tem segunda apresentação nesta quarta-feira, com ingressos à venda.
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