Na segunda e última noite de TIM Festival no Rio de Janeiro, a temperatura subiu dentro e fora das tendas. A chuva deu uma trégua e deu espaço para o triunfo do rock "indie" americano e do funk globalizado.
Quem abriu a noite foi a incendiária Juliette Lewis à frente de sua banda Juliette and The Licks. Depois de ter sido a grande surpresa do VMB deste ano, há apenas um mês, o grupo atraiu os holofotes para si, angariando uma legião de fãs em tempo recorde, que cantavam as músicas em coro e vibravam com a performance cheia do verdadeiro espírito do rock'n'roll da senhorita Lewis.
Apesar de ter conquistado o público, Juliette foi apenas a escada para que The Killers subisse o palco para fazer o show mais esperado da noite e com a platéia mais vibrante deste festival, que pulava e cantava o tempo todo.
A noite de encerramento do festival no Palco Club apresentou quatro atrações do Jazz Europeu: o trio do pianista Eldar Girandirov, a cantora Lisa Ekdahl, o quarteto do guitarrista francês Sylvain Luc e o quarteto do saxofonista italiano Stefano DiBattista.
O crítico José Domingos Raffaelli destacou a performance do jovem Eldar Girandirov - que empolgou o público com uma apresentação em que seu virtuosismo virtualmente inacreditável fez o difícil parecer fácil - e do quarteto de Stefano DiBattista - que mostrou a razão da pujança e prestígio do jazz italiano no cenário mundial.
No palco Cool, o Axial fez show para quase ninguém, enquanto o projeto Winona, dos produtores Craig Armstrong e Scott Fraser, fez jus ao nome da tenda em que tocaram com um som suave e poderoso ao mesmo tempo.
Mas foi o projeto CirKus, com a cantora Neneh Cherry, que fez o grande show da noite do palco Cool, empolgando a platéia. O destaque ficou para o singelo recadinho de Cherry para o presidente americano George Bush, dedicando a ele a canção "You're such an asshole".
Com o fim das apresentações, as tendas foram abertas para o TIM Festa, que pode ser considerado um dos grandes acertos desta edição do festival. Quem comprou ingresso para o Village ou para qualquer outro show pôde circular livremente pelo pátio, onde acontecia o TIM na Pista ao ar livre, e pelas tendas Mash Up, Disco House e a, de longe mais animada, Funk Mundial.
Lotada, com gente de todas as tribos requebrando até o chão, a pista dedicada ao funk mostrou que o gênero está mais do que nunca na boca do povo - dos modernos aos playboys - seja nas carrapetas do popular DJ Marlboro ou do hypado Diplo.
São Paulo
Na capital paulista, o sábado foi das mulheres. A noite das Novas Divas do Tim Festival, que levou ao Auditório Ibirapuera as brasileiras Katia B, Cibelle e a norte-americana Chan Marshall, mais conhecida como Cat Power, foi surreal, segundo a repórter Márcia Abos. O ponto alto da noite foi a performance de Cibelle, que se sentiu em casa e recebeu uma convidada para lá de especial: sua amiga, Vanessa da Matta.
Em dois dias de evento no Rio de Janeiro, o TIM Festival levou 27 mil pessoas à Marina da Glória: 12 mil na sexta e 15 mil no sábado. Neste domingo, o evento segue em São Paulo, onde se juntam no mesmo palco, Spank Rock, Hot Chip, Björk, Juliette and The Licks, Arctic Monkeys e The Killers. Espera-se que 30 mil pessoas compareçam à Arena Skol Anhembi para assistir às apresentações.
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