• Carregando...
Leonardo DiCaprio e Kate Winslet: o tempo mostrou que já eram atores de grande talento | Divulgação
Leonardo DiCaprio e Kate Winslet: o tempo mostrou que já eram atores de grande talento| Foto: Divulgação

Serviço:

Veja o trailer, fotos e sessões no Guia Gazeta do Povo

Controle

Chineses reclamam de censura na nova versão do filme

EFE

A nova versão em 3D do filme Titanic, de James Cameron, chegou com grande sucesso aos cinemas da China, embora muitos dos espectadores tenham se queixado dos cortes que a censura do país asiático impôs em algumas cenas.

Segundo a agência oficial Xinhua, muitos dos espectadores que foram aos cinemas ver a nova versão expressaram seu pesar pelos cortes e as redes sociais fervem com comentários sobre o assunto.

Em particular, muitos lamentam a ausência da cena na qual Rose (Kate Winslet) posa nua enquanto é retratada por Jack (Leonardo di Caprio). "Estive esperando 15 anos e não foi para ver icebergs em três dimensões", comentou um dos espectadores em seu microblog.

Muitos dos que criticam esta censura, da qual é responsável a Administração Estatal de Cinema, Rádio e Televisão, lembraram ainda que, quando o filme foi exibido nos cinemas chineses pela primeira vez, não houve nenhum corte.

A citada administração tem competência para cortar cenas de filmes se considera que são "obscenas", "violentas" ou inclusive "inapropriadas".

Em muitas ocasiões, os espectadores chineses preferem ver os filmes em formato DVD, muitas vezes em cópias piratas, já que estas não sofrem os cortes da censura.

Era mesmo uma questão de tempo. Ninguém jamais duvidou que o cineasta norte-americano James Cameron iria, mais cedo ou mais tarde, relançar em 3D Titanic, o filme que lhe deu o Oscar de melhor direção, além de outras dez estatuetas, incluindo a de melhor filme. Afinal foi ele, com Avatar, que convenceu Hollywood – e o mundo – que o futuro de um certo cinema, felizmente não de todos, estaria na tridimensionalidade – algo confirmado no último ano graças a experiências muito bem-sucedidas, e distintas entre si, como a bela homenagem ao cinema mudo A Invenção de Hugo Cabret, de Martin Scorsese, e o documentário experimental Pina, de Wim Wenders.

VÍDEOS: Veja o trailer e o depoimento de James Cameron sobre o lançamento do filme

O irônico é pensar que, dentre os grandes blockbusters dos últimos 20, 30 anos, Titanic, que, até o lançamento de Avatar, permaneceu mais de uma década no topo das maiores bilheterias mundiais de todos os tempos, é um dos filmes que, em tese, menos precisariam sair da bidimensionalidade. É tão grandioso em todos os aspectos, sua direção de arte tão detalhista e requintada, e seus efeitos especiais tão espetaculares, capazes de fazer o filme saltar aos olhos em suas 3h15 de projeção, que o 3D não teria tanto a "acrescentar" ao que já havia sido feito.

Mas, como Cameron é um mestre da tecnologia, a versão tridimensional de Titanic que chega aos cinemas brasileiros nesta sexta-feira vai além do mero oportunismo – tanto o que aproveita a febre do formato, que já chegou ao entretenimento doméstico, quanto aquele que diz respeito ao centenário do trágico naufrágio do transatlântico que dá nome ao longa-metragem.

Se nas sequências iniciais, nas quais a equipe liderada pelo explorador vivido por Bill Paxton (de Twister) vasculha o fundo do gelado Atlântico Norte em busca dos destroços do navio, mais especificamente de um certo colar, o 3D permite ao público a sensação de estar dentro do que restou do Titanic, o uso da tecnologia no restante do filme é mais sutil. A imagem ficou mais cristalina e a transposição deixou ainda mais impressionantes os travellings e planos-sequências que conduzem o olhar do espectador pelo interior do transatlântico, passando por seus salões, suítes, casa de máquinas, escadarias, corredores e deques, sem falar das cenas do naufrágio. Confirmam aquilo que sabíamos: Titanic é mesmo um filme espetacular, ainda que tenha um roteiro até certo ponto simplório, melodramático e sem grandes nuances ao explorar, por exemplo, a verdadeira Babel social flutuante que era o navio, transportando de magnatas e imigrantes quase miseráveis.

Os quase 15 anos que separam a produção de seu relançamento lhe conferiram, independentemente do 3D ou de seus defeitos dramatúrgicos, ares de clássico, de marco do cinema-catástrofe. Isso é inegável. Talvez porque, hoje atores consagrados, Kate Winslet, que vive Rose DeWitt Bukater, jovem condenada a um casamento de conveniência, e Leonardo DiCaprio, o passional e destemido Jack, formem um dos grandes casais românticos do cinema. Muito novos – ele, com 23 anos, e ela, com 22 –, demonstram notável carisma e maturidade em cena, algo que não parecia tão evidente à época. Só mesmo o tempo permite essa percepção distanciada, sem os efeitos do fenômeno mundial que o filme se tornou entre 1997 e 98. Titanic, enfim, reemerge em grande estilo.

GGG1/2

Confira o trailer do lançamento do filme em 3D:

Confira também o depoimento de James Cameron falando sobre Titanic 3D:

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]