Cena local
Big Belas Band, da Embap, se apresenta no Teatro do Paiol
Antes do trio de Lyon, a programação da Oficina de Música traz o concerto da Big Belas Band, da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap).
Formado por alunos e ex-alunos da faculdade, o grupo que segue a formação tradicional das big bands, com saxofones, piano, guitarra, baixo e bateria apresenta repertório de jazz, blues e música brasileira às 19 horas, no Teatro do Paiol.
Com regência de Willian Marcel Lentz e arranjos do diretor musical Marco Aurélio Koentopp, a big band apresenta as músicas "Temporary Insanaty" (Joe dEtienne), "Doxy" (Sonny Rollins), "Sing, Sing, Sing" (Louis Prima), "Main Street News" e "Sunny Triangle" (Jim Martin), "Feijoada Completa" e "Mambembe" (Chico Buarque), "Balanço Zona Sul" (Tito Madi), "Triste" (Tom Jobim), e "Serrado" (Djavan).
Programe-se
Confira as outras atrações da Oficina de Música de Curitiba desta terça-feira:
12h30
Recital de Cravo com Nicholas Parle
Sesc Paço da Liberdade (Pça. Generoso Marques, 180), (41) 3234-4200. Entrada franca. Sujeito a lotação.
18h30
Ópera no Café
Paço da Liberdade. Entrada franca.
19 horas
Big Belas Band
Teatro do Paiol (Lgo. Guido Viaro, s/nº), (41) 3213-1340. R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada).
Concerto
Trio do Conservatório de Lyon
Capela Santa Maria Espaço Cultural (R. Cons. Laurindo, 273), (41) 3321-2840. Dia 15 às 20h30. R$20 e R$10 (meia-entrada). Sujeito a lotação.
Três professores do renomado Conservatório de Lyon apresentam um recital de câmara na Capela Santa Maria hoje, às 20h30. Docentes estreantes na Oficina de Música de Curitiba e em primeira visita à cidade, Yannick Callier, Manuel Schweizer e Jean-Louis Bergerard se unem especialmente para o evento na pouco usual formação de violoncelo, piano e clarinete geralmente substituído por violino nos trios mais comuns.
"É uma formação que tem uma cor muito especial. Estes instrumentos se dão muito bem juntos", explica Callier.
Do escasso repertório para a formação, o grupo francês apresenta o Trio para Piano em Si Bemol Maior, de Beethoven (1770-1827) e Trio para Clarinete, Piano e Violoncelo em Lá Menor, Op. 114, de Johannes Brahms (1833-1897).
"A maioria das pessoas que tocam em trios com clarinete e violoncelo tocam esses dois compositores. Há essas duas principais de Brahms e Beethoven, um trio de Zemlinsky [1871- 1942], e é só", explica Schweizer, sobre a escolha do repertório.
"Queríamos tocar música francesa, então acrescentamos dois duos para completar o programa Sonata para Clarinete e Piano, de [Francis] Poulenc [1899-1963], e Sonata para Violoncelo e Piano em Ré Menor de [Claude] Debussy [1862-1918]", conta.
Programa
Os músicos destacam o contraste entre partes profundas e temas felizes do segundo para o terceiro movimento nas obras de Beethoven e Poulenc e apontam a contemporaneidade da sonata de Debussy a última do compositor francês.
"Você encontra nesta obra todos os efeitos possíveis para violoncelo", diz Callier. "Ele compôs em 1915, e Poulanc, em 1963. Ainda assim, Debussy é muito mais moderno que Poulanc, que é bem neoclássico", explica.
Diferenças
Schweizer elogia a possibilidade de intercâmbio entre vários países na Oficina de Música e se diz surpreso com as plateias do evento. "Vejo tanta gente, e tantos concertos cheios. Eu não achava que tantas pessoas gostariam de música clássica aqui, e que iriam a três ou quatro apresentações por dia", diz o pianista, para quem a retração do público de música clássica é um fenômeno mundial.
Perguntado sobre diferenças que notou entre as plateias do Brasil e da França, Schweizer cita os aplausos a cada movimento da obra em vez de apenas ao final, convenção que ele considera desimportante e, sobretudo, a receptividade.
"É um público muito mais caloroso, que aplaude de pé ao fim de cada concerto", conta.
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