Como esperado, "Tropa de elite" vai fazer sua grande estréia na tela no Festival do Rio 2007, que começa no próximo dia 20. Mas ainda não será o lançamento para o grande público. O longa-metragem de José Padilha, já famoso após o vazamento da cópia pirata, terá exibição hour-concours só para convidados na abertura do evento.
A organização do festival anunciou esta terça-feira os filmes selecionados para Première Brasil. Serão 34 longas e 24 curtas. Chama a atenção algumas produções já exibidas em festivais no exterior ou no Brasil.
Na lista da mostra competitiva dos longas de ficção estão "A casa de Alice", de Chico Teixeira, e "Deserto feliz", de Paulo Caldas, que participaram de mostras paralelas do Festival de Berlim, em fevereiro. O último, sobre turismo sexual e tráfico de animais silvestres no cenário nordestino, teve também grande estréia em Gramado, de onde saiu com seis prêmios.
"Mutum", versão de Sandra Kogut para o livro "Manuelzão e Miguilim", de João Guimarães Rosa, e "A via láctea", de Lina Chami, com Alice Braga e Marco Ricca, foram exibidos em Cannes este ano.
O Festival do Rio 2007 marcará a estréia como diretor de Carlos Alberto Riccelli em um longa totalmente brasileiro (o primeiro foi em 2005, "S.O.S - Stress, orgasms and salvation", produzido e rodado em Los Angeles). Chama-se "O signo da cidade" e tem novamente roteiro de sua mulher, a atriz Bruna Lombardi, também no elenco.
Lucia Murat, de "Quase dois irmãos", lança no festival "Maré, nossa história de amor". O filme é um musical brasileiro a partir da história de Analídia e Jonathan, dois jovens moradores da favela carioca da Maré.
"Onde andará Dulce Veiga?", adaptação de Guilherme de Almeida Prado do romance de Caio Fernando Abreu sobre um jornalista aficionado pelo sumiço da cantora Dulce Veiga, também concorre na Première Brasil. Os longas "Estômago", de Marcos Jorge, e "Sem controle", de Cris D'Amato, completam a lista da principal mostra.
Na seleção de documentários estão "Andarilho", de Cao Guimarães; "Condor", de Roberto Mader; "Diário de Sintra", de Paula Gaitán; "Estratégia Xavante", de Belisário Franca; "Memória para uso diário", de Beth Formaggini; "O engenho de Zé Lins", de Vladimir Carvalho; "Panair do Brasil", de Marco Altberg; "Pindorama - A verdadeira história dos 7 anões" , de Roberto Berliner, Lula Queiroga e Leo Crivelare; "PQD", de Guilherme Coelho; e "Rita Cadillac - A lady do povo" , de Toni Venturi.
Oito longas participam do Festival do Rio fora de competição. São eles: "Brigada pára-quedista", de Evaldo Mocarzel; "Grupo Corpo 30 anos - Uma família brasileira", de Fabio Barreto e Marcelo Santiago; "Iluminados", de Cristina Leal; "Jogo de cena", de Eduardo Coutinho; "Juízo", de Maria Augusta Ramos; "Mulheres, sexo, verdades, mentiras", de Euclydes Marinho; "Nome próprio", de Murilo Salles; e "Pequenas histórias", de Helvécio Ratton.
A mostra "Retratos" inclui "Carlos Oswald - O poeta da luz", de Régis Faria; "A etnografia da amizade", de Ricardo Miranda; e "O Tablado e Maria Clara Machado", de Creuza Gravina.
A mostra "Rumos" vem com "5 frações de uma quase história", de Armando Mendz, Cris Azzi, Cristiano Abud, Guilherme Fiúza, Lucas Gontijo e Thales Bahia; "Ainda orangotangos", de Gustavo Spolidoro; "Corpo", de Rossana Foglia e Rubens Rewald; e "meu nome é Dindi", de Bruno Safadi.
Os curtas são: "7 minutos", de Cavi Borges, Julio Pecly e Paulo Silva; "A Maldita", de Tetê Mattos; "Alphaville 2007 d.C.", de Paulinho Caruso; "Cabaceiras", de Ana Barbara Ramos Ramos; "Esconde-Esconde, de Alvaro Furlone; "Icarus", de Victor-Hugo Borges; "O crime da atriz", de Elza Cataldo; "O lobinho nunca mente", de Ian SBF; "Outono", de Pablo Lobato; "Pequenos Tormentos da Vida", Gustavo Spolidoro; "Picolé, pintinho e pipa", de Gustavo Melo; "Réquiem", de Felipe Duque; "Saliva", de Esmir Filho; "Satori Uso", de Rodrigo Grota; "Sentinela", de Afonso Nunes; "Um ramo", de Juliana Rojas e Marco Dutra; "Vida Maria", de Márcio Ramos; "Elke", de Julia Rezende; "Lêda de Arte Leda", de Daniela Gontijo; "Maria Lenk", de Sonia Nercessian; "O Homem-Livro", de Anna Azevedo; e "Quanto Mais Manga Melhor", de Michele Lavalle
Em hors-concours serão exibidos os curtas "Noite de sexta, manhã de sábado", de Kleber Mendonça Filho; e "Pixinguinha e a Velha Guarda do Samba", de Thomaz Farkas e Ricardo Dias.
O júri que distribuirá o Prêmio Redentor de melhor filme, ator/atriz, direção, entre outros, ainda não foi divulgado.
A nona edição do festival, que vai de 20 de setembro a 4 de outubro, promete exibir 300 filmes espalhados por cerca de 20 salas de cinema, praia e lonas culturais. Em breve serão divulgados os longas estrangeiros.
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