Cinema
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Uma das surpresas do ano nas bilheterias norte-americanas, Truque de Mestre é daqueles filmes aos quais se assiste sem sofrer e com certo prazer: tem um bom elenco, roteiro amarrado a serviço de uma trama capaz de surpreender e uma direção ágil, ainda que não traga nada de exatamente novo. Pena que, tal como as artimanhas ilusionistas que retrata, o longa-metragem, que chega nesta sexta-feira aos cinemas, parece desaparecer da memória do espectador pouco depois do fim da sessão.
Jesse Eisenberg (de A Rede Social) é Michael Atlas, o líder carismático de um grupo de ilusionistas chamado The Four Horsemen, em referência aos Quatro Cavaleiros do Apocalipse.
Poucos têm noção, no entanto, que enquanto está sobre o palco, encantando o público, o quarteto também é capaz de realizar roubos espetaculares, como o de um banco do outro lado do Atlântico, na França, e chega ao extremo de distribuir o dinheiro entre os espectadores, o depositando nas suas contas. Só no cinema mesmo!
Os crimes levam o agente do FBI Dylan Hobbs (Mark Ruffalo) a querer capturá-los a qualquer custo, sobretudo depois que o grupo anuncia o assalto mais audacioso de suas carreiras.
Ao seu lado, na missão de tentar prender os Cavaleiros, estão Alma Vargas (Melanie Laurent), uma detetive da Interpol, além de Thaddeus Bradley (Morgan Freeman), cuja missão na vida é desmistificar os truques utilizados por mágicos, expondo seus métodos e os impedindo de realizar seus objetivos. Mas fiquem atentos: nada é o que parece.
Ainda que bem-realizado e com um ritmo empolgante em alguns momentos, qualidades que explicam o seu sucesso comercial, Truque de Mestre tem contra si justamente o fato de ser construído inteiramente a partir de artimanhas narrativas, de jogos e enganos, sem se preocupar em estabelecer conflitos de verdade entre os personagens, todos muito rasos, apesar de charmosos. É um truque em forma de filme. GG1/2
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