Poucos tipos de ansiedade são mais familiares a um fanático por séries do que aquela sentida ao final de uma temporada. Abandono, curiosidade e uma pitada de desespero podem bater à porta na expectativa de um novo capítulo que pode nunca chegar. Se quer ver logo as datas de estreia das séries, clique aqui.
Laboratórios de experiência – e audiência – das TVs pagas e canais de streaming, as séries nem sempre ganham continuidade, deixando órfãos pelo caminho. Mas fique tranquilo: algumas das mais esperadas retornam ainda no primeiro semestre.
A gigante do streaming Netflix anunciou, recentemente, as datas de reestreia de cinco de suas produções originais até junho. Os fenômenos de audiência “House of Cards” e “Orange Is the New Black” estão entre elas. “Demolidor”, “Unbreakable Kimmy Schmidt” e “Gracie & Frankie” também voltam nos próximos meses, e, até o fim do ano, “Narcos” e “Jessica Jones” devem ter novos episódios.
Depois de atrair nada menos do que 8 milhões de espectadores no último capítulo da quinta temporada, “Game of Thrones”, da HBO, retornará em abril. A estreia, novamente, terá exibição simultânea nos Estados Unidos e na América Latina.
Ser sucesso além dos nichos, no entanto, não é o único critério para os repetecos: em fevereiro, a HBO exibirá novas temporadas dos cômicos “Girls”, espécie de “Sex and the City” mais jovem, já consolidado, e “Togetherness”, que desde 2015 mostra os conflitos de dois casais vivendo sob o mesmo teto. A sitcom nerd “Silicon Valley” e a comédia política “Veep” retornam com a terceira e a quinta temporadas, respectivamente, no mesmo dia da volta de “Game of Thrones”.
“Hoje as séries são feitas não só com o objetivo de agradar milhões. As TVs pagas e os canais de streaming dependem de assinantes, por isso têm produções mais diversificadas e de nicho. Acho que o maior desafio não é conquistar o público em geral, mas manter a qualidade sem se perder. É sobreviver à segunda temporada”, avalia Bruno Carvalho, editor do site Ligado em Série.
Mas nem só de originais se alimenta o universo das renovações. Duas das mais aguardadas séries da norte-americana AMC para 2016 são spin-offs (ou derivações) de sucessos que já se despediram ou se aproximam do fim.
“Better Call Saul” – no Brasil, transmitida pela Netflix –, que mostra a vida do advogado Saul Goodman antes de conhecer Walter White, do fenômeno “Breaking Bad”, retorna em fevereiro.
Já “Fear the Walking Dead” ganhou mais uma temporada para explorar o começo do apocalipse zumbi consagrado por “The Walking Dead”, uma das maiores audiências da TV nos últimos anos.
Para o editor do site Omelete, Marcelo Forlani, a prática de aproveitar o sucesso de séries bem-sucedidas para garantir a aceitação de outros produtos pode prolongar os lucros das produtoras, mas não é garantia de longevidade.
Diz ele: “No fim, o sucesso sempre depende da qualidade do que é feito. Breaking Bad tinha uma qualidade inegável e acabou na hora certa. Isso ajuda a manter a série na mente das pessoas: elas continuam lembrando de como ela era boa.”
Quando você poderá ver os novos capítulos:
Hoje, no TBS: “Brooklyn Nine-Nine” (3.ª temporada).
Dia 16, na Netflix: “Better Call Saul” (2.ª temporada)
Dia 21, na HBO: “Girls” (5.ª temporada) e “Togetherness” (2.ª temporada)
Dia 22, na HBO: “Vice” (4.ª temporada)
Dia 4, na Netflix: “House of Cards” (4.ª temporada)
Dia 18, na Netflix: “Demolidor” (2.ª temporada)
Dia 10, na AMC Brasil: “Fear the Walking Dead” (2.ª temporada)
Dia 15, na Netflix: “Unbreakable Kimmy Schmidt” (2.ª temporada)
Dia 24, na HBO: “Game of Thrones” (6.ª temporada), “O Negócio” (3.ª temporada), “Silicon Valley” (3.ª temporada) e “Veep” (5.ª temporada)
Dia 6, na Netflix: “Grace & Frankie” (2.ª temporada)
Dia 17, na Netfix: “Orange Is the New Black” (4.ª temporada)
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