Já no primeiro episódio da série, ocorre o que talvez seja o seu momento mais marcante. Em “The National Anthem”, o primeiro-ministro britânico é desafiado por um terrorista que sequestrou a princesa: ele exige que o político faça sexo com um porco ao vivo na TV, em rede nacional.
Em setembro de 2015, desta vez na vida real, o jornal inglês “Daily Mail” divulgou parte de uma biografia não-autorizada do primeiro-ministro britânico David Cameron que diz que o político teria posto “partes privadas de sua anatomia” na boca de um porco morto. Tudo muito sórdido – mas quase premonitório.
Em um futuro distópico, Bing (Daniel Kaluuya) e Abi (Jessica Brown Findlay) estão entre as pessoas que vivem entre uma academia lotada de bicicletas ergométricas e salas minúsculas em que as quatro paredes são telas. Quanto mais pedalam, mais pontos acumulam.
Netflix exibe “Black Mirror”, série bizarra sobre o mundo atual
Cultuada por fãs, produção analisa impacto da tecnologia em nossas vidas e entra na grade do serviço de streaming com promessa de temporada nova
Leia a matéria completaAo alcançarem pontuações específicas, podem comprar programas de TV para suas telas particulares, comida artificial e ingressos para participar de um reality show musical. Os jurados desse programa, transmitido também nas academias, funcionam quase como juízes das arenas romanas: quem canta bem pode virar uma estrela e se libertar das bicicletas; quem tem o corpo perfeito pode protagonizar programas de sexo explícito; e quem não serve a esses interesses volta à academia. Alguma semelhança com a realidade?
No especial de Natal de “Black Mirror” (que tem no elenco Jon Hamm, o astro da série “Mad Men”), um dispositivo de realidade aumentada permite comunicação remota entre pessoas, quase como um Facebook implantado no corpo.
Por meio desse aparelho, um profissional que ensina táticas de sedução guia um homem tímido e antissocial a uma festa, onde ele encontra uma mulher atraente que parece se interessar nele. Já na casa da pretendente, as coisas começam a ficar estranhas, e ela começa a falar sobre “vozes dentro da cabeça” e em suicídio – única maneira, segunda ela, de se livrar desse incômodo. Como disse o criador da série, Charlie Brooker, “Black Mirror” se passa no futuro, mas fala do presente.
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