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Castelo Rá Tim Bum | Divulgação
Castelo Rá Tim Bum| Foto: Divulgação

Plift Ploft Stil. A porta se abriu. Há 20 anos, o Castelo Rá-Tim-Bum entrava no ar pela TV Cultura com uma proposta ousada e inédita. Ser um programa infantil, educativo, porém sem ser chato, e conquistar audiência e dar retorno, mesmo tendo um orçamento baixíssimo de produção.

O programa, com personagens emblemáticos como a bruxa Morgana, a figura mitológica Caipora, a cobra falante Celeste, e o gato pintado, que cuidava da biblioteca do Castelo, fez sucesso. Mas talvez, só agora, passados 20 anos da exibição original, seja possível perceber que o verdadeiro valor do Castelo. O Castelo foi atração que marcou e definiu uma geração inteira com valores, sentimentos, ciência e boas histórias.

E, para comemorar a qualidade e o aniversário da obra, o Museu de Imagem e Som de São Paulo (MIS), em parceria com a TV Cultura e Fundação Padre Anchieta, numa atitude belíssima, em que não considerou a televisão como "elemento inferior" na chamada arte, criou uma exposição para homenagear os 20 anos do Castelo Rá-Tim-Bum e abriu o primeiro e segundo andar pare receber os elementos cenográficos e lúdicos do Castelo. E o que se viu foi avassalador.

Uma geração de jovens – hoje na faixa dos 20 a 30 anos – literalmente invadiu o MIS. A exposição é sucesso absoluto de crítica e público e tem os ingressos esgotados todos os fins de semana, com filas que chegam a se formar horas antes de o Museu abrir. Originalmente, a mostra iria até o dia 12 de outubro, mas o MIS, devido ao sucesso e aos telefones congestionados, já prorrogou o término por duas vezes.

Em Curitiba, os fãs – inclusive este colunista – se uniram em uma petição que pede a exposição na capital paranaense. Na semana passada, fiz um post no blog Sintonizando comentando da petição, e o sucesso foi imediato: em menos de 2h, a publicação já contava com mais de 2.000 "recomendações". Ao término da semana, eram mais de 5.700 pessoas que haviam gostado da publicação e também se engajado na campanha para que a exposição seja trazida para Curitiba. Até o momento, mais de 6.500 assinaturas já foram coletadas.

A Prefeitura de Curitiba (antes do post) se posicionou através de suas redes sociais para informar aos curitibanos que não tinha dinheiro para trazer a exposição, mas também deixou um apelo aos produtores locais. Em menos de 12 minutos, a Prefeitura recebeu mensagens de apoiadores interessados em trazer o projeto para a capital.

Uma pesquisa apontou que o Museu Oscar Niemeyer é a opção preferida dos curitibanos como local da exposição, mas, ora, com tantos shoppings em nossa capital e com tantos eventos que eles produzem não seria o caso de um deles abraçar a causa? A ideia de marketing é genial e, com certeza, traria grande público e movimento para o estabelecimento que abraçasse a ideia. A dica está lançada (e a torcida também).

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