O curitibano Alexandre Nero conta que era candidato a “psicopata”, mas, aos poucos, seu personagem “foi sendo descoberto por todo mundo junto” e cresceu. “Ele é mau, mas não é um psicopata. O Romero acumula raivas represadas do passado. Foi abandonado pela mãe e sofreu abuso na infância, embora isso não vá ser dito claramente. É um cara problemático, cheio de nuances. E de sentimentos. Um grande mentiroso, mau, mas que se passa por bom. O Comendador [seu personagem em “Império”] era distante da minha realidade, um cara mais velho. O Romero é jovial, meio infantil, gosta de ostentar, ele se acha. Essa maneira de trabalhar, sem atuar para a câmera, é um desafio que estava fazendo falta na tevê”, diz. Nero retoma a parceria com o autor que o lançou na televisão como o verdureiro Vanderley de “A Favorita”.
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