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Hoje é Dia dos Pais e, quando pensei em escrever uma coluna especial para a data, comecei a relembrar os grandes pais das nossas telenovelas. A maior referência talvez seja "Pai Herói", uma das tramas da mestre Janete Clair.

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O mote era a luta de um homem em busca da verdade sobre o seu pai. André Cajarana (Tony Ramos) é o protagonista, e cresceu acreditando que seu pai era um grande homem.

Com a morte do avô, ele vai para o Rio de Janeiro na tentativa de esclarecer a história do pai, Malta Cajarana (Lima Duarte interpretava o pai e o avô de André), e descobre que ele era tido como um bandido, bicheiro e traficante

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No Rio, André conhece duas mulheres: Carina (papel aclamado de Elizabeth Savalla) e Ana Preta (interpretação sensível de Glória Menezes). Nessa novela, Janete dava mais um presente a Glória. A atriz interpretou uma moradora do subúrbio carioca e dona de uma casa de samba, a Flor de Lys.

No fim da novela, ela aparece desfilando pela Beija-Flor de Nilopólis. Já Elizabeth Savalla encarnou um dos personagens mais dramáticos de sua carreira, mas mesmo assim conquistou o público. Janete Clair contou em entrevista que, na sinopse, André terminaria com Ana Preta, mas os pedidos foram tantos que ela alterou o final para atender o público. André e Carina puderam, então, ser felizes para sempre.

Em "Pai Herói", a exemplo de outros sucessos de Janete, havia um mistério do "quem matou?". O personagem assassinado era César Reis. No último capítulo, não havia ficado claro para o público quem era o assassino e, no domingo seguinte, Janete Clair foi ao "Fantástico" explicar o desfecho da trama.

"Pai Herói" é uma das novelas cotadas para serem reprisadas no canal pago Viva. Seria uma ótima escolha, e se tornaria a primeira história de Janete Clair a figurar na grade do canal. Ah, claro, vamos terminar a coluna ao som da abertura inesquecível: "Pai, você foi meu herói, meu bandido/Hoje é mais, muito mais que um amigo...", na voz de Fábio Jr.. Feliz Dia dos Pais!