Junto com os fortes resultados financeiros do Facebook divulgados na quarta-feira veio um número que deve causar calafrios na indústria da TV paga e aberta.
A rede social, cujas ações atingiram recorde de 109,44 dólares nesta quinta-feira, afirmou que a visualização de vídeos atingiu 8 bilhões por dia no terceiro trimestre, ante 1 bilhão no mesmo período do ano passado, ressaltando uma crescente ameaça às receitas da televisão.
O crescimento na visualização de vídeos representa a mais significativa oportunidade de curto prazo para o Facebook, conforme a companhia busca conquistar uma fatia maior do mercado de publicidade na TV, afirmam analistas.
“Acreditamos que o Facebook está bem posicionado para capturar uma crescente parte dos orçamentos de publicidade da televisão, conforme o mercado migra para campanhas online direcionadas e baseadas em dados”, disse o analista Brian Pitz, da Jefferies.
O mercado de anúncios em vídeos online deve ser avaliado em cerca de 17 bilhões de dólares por ano até 2017, apenas nos Estados Unidos, disse Pitz.
Enquanto isso, a Time Warner, controladora dos canais de TV paga TNT, TBS e Cartoon Network, afirmou na quarta-feira que a audiência de suas principais redes nos EUA caiu mais que o esperado, o que deve gerar uma queda na receita no próximo ano.
O analista James Cordwell, da Atlantic Equities, afirmou que cerca de 50 por cento de todo o consumo de mídia ocorre online atualmente, mas apenas 17 por cento dos orçamentos de publicidade não atrelados a buscas são gastos na Web.
“Portanto, a oportunidade para o Facebook é elevar este 17 por cento para 50 por cento, o que representaria mais 150 bilhões de dólares mudando de plataformas offline para online”, disse o analista. “E o único lugar de onde pode sair em volumes significativos é da TV”, acrescentou.
O Facebook afirmou que em setembro havia 2,5 milhões de anunciantes ativos, um aumento de 25 por cento sobre fevereiro. A empresa, avaliada atualmente em mais de 300 bilhões de dólares, informou ainda que tem 1,55 bilhão de usuários ativos mensais, uma alta de 14 por cento sobre um ano antes.
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