Um casal inusitado às voltas com os desastres típicos do início de um relacionamento. Essa é a premissa da nova produção da Netflix, “Love”.
A série escrita por Judd Apatow, roteirista de “O virgem de 40 anos”, e pelo casal Paul Rust e Lesley Arfin narra o tortuoso caminho percorrido por Gus, interpretado por Rust, e Mickey (Gillian Jacobs) até o entendimento de que talvez exista qualquer coisa parecida com o amor entre eles.
Binge-watching
Quando você se empanturra de episódios de uma série, faz binge-watching. Críticas nos EUA apontaram para o fato de que “Love” é uma série pensada para ser assistida de uma vez só, como se os dez episódios de 40 minutos cada um fossem, na verdade, um filme de 6h40.
A ideia não é exatamente inovadora e a execução é repleta de clichês: temos Gus, o nerd-boa-praça, o legítimo “piá bom”, inteligente, gentil e sem nenhum traquejo social; Mickey, a gatinha cool e desencanada cuja insegurança emocional a leva para a cama com qualquer um que lhe dê um pouco de atenção; Bertie, a amiga estranha, engraçada e leal, em contraponto a Mickey.
Todo mundo sabe o que vai acontecer. O título da série e a apresentação dos personagens já entregam o desfecho, para o desespero de quem não sabe lidar com spoilers (superem). O que importa mesmo aqui é o caminho. Aquele tortuoso.
Os dez episódios da primeira temporada estão disponíveis na Netflix, produtora da série. Ainda não há previsão para uma segunda temporada.
E aí a série se revela um teste de resistência. Vejam: os cinco primeiros episódios são uma sucessão de cenas e diálogos que oscilam entre o cômico-inteligente e o simplesmente constrangedor. Os menos pacientes irão se perguntar: por que diabos a história de Mickey e Gus merece ser contada?
Resistam. A segunda metade reserva boas surpresas. Os personagens amadurecem; é como se deixassem de agir como adolescentes tensos e bêbados e passassem, finalmente, a agir como o que realmente são: adultos ferrados, cheios de inseguranças e demandas emocionais projetadas sobre o outro.
A essa altura, o enredo confronta Mickey com um problema sério e desafia Gus a ter empatia pela mulher que, parece, ele ama. A história finalmente deslancha. A mensagem de “Love” é essa: o amor dói e chegar até ele é difícil, porque carregamos todos uma enorme bagagem emocional.
Com “puxadinhos” no Orçamento, governo Lula legaliza fracasso do arcabouço fiscal
Alexandre de Moraes procurou presidente do Banco Central para pedir pelo Banco Master
Campanha da Havaianas com Fernanda Torres leva chinelada de políticos e consumidores de direita
Próximo alvo? As semelhanças e diferenças nas ofensivas de Trump contra Maduro e Petro