Aos 38 anos, a apresentadora Didi Wagner acaba de estrear a sexta temporada de "Lugar Incomum", programa de viagens do canal Multishow que ela comanda desde 2006. A cada sexta-feira, às 21h30, a loira surgirá em até quatro pontos diferentes de Tóquio, mostrando como é viver e passear na cidade japonesa. Ao todo são 13 episódios em que Didi e sua equipe tentam entreter o telespectador, fazendo-o embarcar numa curiosa aventura.
"A ideia é fazer as pessoas viajarem comigo. Eu sempre coloco as minhas percepções no ar. Falo do cheiro, do que eu senti no local e do povo que encontrei", diz a apresentadora, que começou sua jornada televisiva há 14 anos como VJ da MTV.
Ex-modelo e mãe de três meninas, com idades ente 5 e 10 anos, a loira fala nesta entrevista sobre como é ficar até 16 dias longe de casa, trabalhando cerca de 12 horas por dia. Didi conta também qual é o seu ponto de vista sobre a ditadura da beleza eterna para quem, como ela, precisa ter uma ótima aparência para entrar na casa das pessoas. "Como eu estou é algo que eu tenho de preservar, mas não gostaria de virar um boneco de cera."
A apresentadora revela ainda que o Multishow estuda o projeto de um novo programa para ela. Porém, por enquanto, a certeza é de que, a partir de agosto, mais uma temporada de "Lugar Incomum" será gravada. O destino ainda não foi definido, mas Portugal é uma das cidades que está no leque de opções.
Qual é o balanço que você faz da sua carreira?
DIDI WAGNER - Eu estou satisfeita. Tive oportunidade de trabalhar na MTV no auge da emissora. Estou há 14 anos em TV e tenho uma parceria muito bacana com o Multishow desde 2006.
Como é ser mãe de três filhas pequenas e viajar pelo mundo, deixando as meninas em casa, no Brasil?
DIDI - Você precisa mesmo ter com quem contar. No meu caso, tenho um marido parceiro (o empresário Fred Wagner), posso contar com familiares e tem gente que trabalha na minha casa que está ali com objetivo de me dar suporte. Sozinha, acho que seria muito difícil.
Quando você está fora, como se comunica com suas filhas? A tecnologia ajuda a fazer a distância parecer menor?
DIDI - Falo bastante pelo Skype com elas. É engraçado que, depois de um certo tempo, a saudade vai aumentando. Aí, eu sinto que o Skype em vez de ajudar, dá angustia. Eu me recolho um pouco porque acredito que, se eu olhar para elas pelo computador, vou chorar. Mas isso só acontece no final das viagens.
Qual é o tempo máximo que você fica fora por conta das gravações de "Lugar Incomum"?
DIDI - O meu máximo é 16 dias. É o que eu consigo suportar.
Qual é a próxima viagem do programa, já que as gravações estão previstas para agosto?
DIDI - Isso é decidido pelo canal. Gostaria de gravar em Portugal, mas também tenho curiosidade de conhecer países escandinavos. Mas o programa precisa de um lugar que tenha uma coisa meio caótica, não pode ser um lugar muito perfeito.
Por que o lugar não pode ser perfeito?
DIDI - Sou a favor de um lugar bem limpo e organizado, mas o programa precisa de um lugar mais vivo. Los Angeles (EUA) foi a pior viagem, por exemplo, porque só se anda de carro. Não tinha como sair andando. Foi uma experiência castradora.
Qual foi a melhor viagem do programa?
DIDI - Berlim (Alemanha). Sou judia, filha e neta de pessoas que fugiram de lá por causa da guerra. Além da relação com a minha história, lá tem uma juventude que não quer ser ligada a esse passado negro. É uma cidade que floresce.
E como são as viagens em família, com as filhas e o marido?
DIDI - Não tenho hábito de fazer viagens exóticas com as meninas Tento proporcionar novos lugares. Acabei de levá-las para Foz do Iguaçu (PR). Eu nunca tinha ido e fiquei maravilhada. É majestoso e minhas filhas amaram.
Como é seu contrato com o Multishow? Tem algum projeto novo em vista?
DIDI - É um contrato estável, uma parceria que vem sendo renovada. Tenho, sim, um projeto de fazer um programa novo, mas que ainda está em estudo. É uma vontade mútua.
Como você define o foco de "Lugar Incomum"?
DIDI - A fórmula é entreter, nunca tivemos a pretensão de seguir uma linha jornalística. A ideia é fazer as pessoas viajarem comigo. Eu sempre coloco as minhas percepções no ar. Falo do cheiro e do que senti no local e do povo que encontrei.
Sobre beleza e envelhecer bem, qual a sua opinião?
DIDI - Acho cruel essa cobrança no meio do entretenimento, principalmente essa busca pela beleza infinita. Esse policiamento nas redes sociais é uma coisa muito louca. Como eu estou é algo que eu tenho de preservar, mas não gostaria de virar um boneco de cera.
Como a eleição de Trump afeta Lula, STF e parceria com a China
Alexandre de Moraes cita a si mesmo 44 vezes em operação que mira Bolsonaro; acompanhe o Entrelinhas
Policial federal preso diz que foi cooptado por agente da cúpula da Abin para espionar Lula
Rússia lança pela 1ª vez míssil balístico intercontinental contra a Ucrânia
Deixe sua opinião