Pablo Escobar (1949-1993) foi o maior traficante da História: era o cérebro do Cartel de Medellín e movimentou uma fortuna de US$ 30 bilhões (R$ 103 milhões).
Para isso, o barão da cocaína contabilizou mais de 6 mil homicídios, incluindo o de um candidato à presidência da Colômbia, derrubou um avião comercial com mais de 100 passageiros a bordo, explodiu o prédio da polícia secreta de seu país e foi responsável por uma onda de terror que dominou a região entre as décadas de 1970 e 1990.
Os dez episódios da série produzida pela Netflix estreiam no serviço de streaming no dia 28 de agosto, a próxima sexta-feira.
Amado por parte da população (25 mil pessoas foram a seu enterro), ele apelou para o populismo e chegou a se eleger ao Congresso. Uma história tão superlativa merecia uma adaptação à altura, e a Netflix apostou suas maiores fichas em “Narcos”, primeira produção global da plataforma, gravada majoritariamente na Colômbia. Comandada por José Padilha, que dirigiu dois dos dez episódios, a série reprisa a parceria do diretor com Wagner Moura, o astro da trama, encarnando Escobar, ao lado de Pedro Pascal e Boyd Holbrook, no papel de agentes da DEA, órgão de combate às drogas dos EUA. O primeiro episódio será exibido em première mundial nesta quinta-feira (27) à noite, num evento fechado para convidados, no Rio. No dia 28, a temporada completa chega ao serviço de streaming.
Wagner Moura foi capaz de humanizar traficante, diz produtor
“Gosto de filmes de guerra, e prefiro aqueles em que os alemães falam alemão àqueles em que falam inglês. Isso dá autenticidade à história”, justifica o produtor Eric Newman, que diz não ter estranhado quando José Padilha sugeriu um brasileiro para viver Escobar.
Leia a matéria completa“Estou há 15 anos com esse projeto, tive que esperar Javier Peña e Steve Murphy (oficiais do DEA que inspiraram os personagens de Pascal e Holbrook) se aposentarem para contar a história deles também. Quando isso aconteceu, Padilha e eu discutimos as questões econômicas, cogitamos filmar na República Dominicana... Até que, numa reunião com a Netflix, lembramos a eles que o lugar mais parecido com a Colômbia era a Colômbia, e eles disseram ‘tudo bem’. Estou acostumado com o mundo dos filmes e não é assim que acontece”, conta o produtor Eric Newman, que já havia trabalhado com o diretor em “RoboCop”, e contou com uma equipe de 250 pessoas em “Narcos”, 100% gravada em mais de cem locações, outro feito raro.
Para levar a história ao maior público possível, a aposta é num elenco multinacional. Wagner Moura é conhecido pelo mundo graças a “Tropa de Elite” e “Elysium”. Também foram convocados os chilenos Pedro Pascal, de “Game of thrones”, e Paulina Gaitán, uma espécie de Fernanda Montenegro local. Visto em “Garota Exemplar”, o americano Boyd Holbrook é apontado como promessa em Hollywood, enquanto a mexicana Stephanie Sigman será a próxima bond girl em “Spectre”. “Narcos” é 60% falada em inglês e 40% em espanhol, ousadia para o mercado americano que, reza a lenda, detesta legendas.
Confira o trailer espetacular de “Narcos”, com ecos de Martin Scorsese (“O Lobo de Wall Street”):
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