A TV Globo reuniu a imprensa, no Rio de Janeiro, para apresentar o seriado "Sexo e as Negas", de autoria de Miguel Falabella, com previsão de estreia para o próximo dia 16, após "Tapas & Beijos". O clima era de alegria e descontração já na entrada da cidade cenográfica, no Projac, com direito a churrasquinho ao ar livre,música animada e show ao vivo das quatro atrizes principais.
A região da vez não é Irajá, no Rio de Janeiro, e, sim, Cordovil É, no bairro do subúrbio carioca, onde mora a camareira de Falabella, que tudo começou. "Tenho uma camareira há muitos anos, a Nieta, que mora em Cordovil. E Nieta é muito festeira e eu sempre vou a tudo que ela organiza. Já estive por lá inúmeras vezes em aniversários, festas da neta que vi nascer, feijoadas... Um dia, num dos eventos, vi umas negras lindas passarem. Elas eram muito transadas, bem arrumadas, enfim, foi ali que começou a surgir a ideia", conta Miguel.
Outra inspiração do autor foi a série americana "Sex and the City". "Sempre adorei o seriado, acompanhava, achava o máximo! Foi uma referência. E o bacana foi trazer isso para uma realidade próxima a nossa, pois eu queria falar destas mulheres maravilhosas, guerreiras", enfatiza.
Porém, nem entrou no ar e a produção brasileira já vem causando polêmica com relação ao nome. Movimentos de mulheres negras enxergam racismo no título, porque acreditam que "as negas" significa tratar a mulher como mercadoria. Sobre isso, Falabella explica: "Quando apresentei esse produto à TV Globo, essa preocupação foi levantada, mas a ideia não era essa que falam por aí. Porque, na verdade, é uma brincadeira com o jeito de falar da periferia. Eu até queria trocar o 's' pelo 'r', para ficar 'Sexo e ar Negas', mas acabou ficando 'Sexo e as Negas'. E por conta do nome as pessoas querem protestar, então acho bom isso também, porque o país precisa desse exercício... E a série fala exatamente sobre isso: da mulher que é dona do próprio corpo, dona das suas próprias escolhas num mundo completamente racista, machista e cheio de preconceitos".
Enquanto isso, Claudia Jimenez, que dará vida à personagem Jesuína, dona de um bar que é ponto de encontro da turma e onde tudo acontece, posava para fotos e atendia repórteres com toda alegria de estar de volta ao batente depois de sérios problemas de saúde que enfrentou nos últimos dois anos. "Quando Miguel me convidou, eu ainda estava no hospital e ele me mantinha informada, contava a quantas andava o projeto. Acompanhei de perto e confesso que acaba sendo muito motivador saber que tem gente lá fora (do hospital) te aguardando,que tem trabalho para fazer e muita vida para viver", disse a atriz, que também narrará a série. "É a primeira vez que faço esse trabalho e estou adorando!", comenta.
Quanto ao ritmo habitualmente acelerado das gravações, Claudia diz que a produção foi muito cuidadosa com ela. "Foram muitas idas e vindas do hospital até que coloquei o marca-passo. E não posso reclamar de nada porque a Globo sempre foi uma mãe para mim. Disseram para eu voltar quando eu me sentisse realmente inteira e, agora, estou aqui", conta ela. E completa: "Se tem uma semana que gravo muito, na outra já não tem tanta cena. Todos são incríveis comigo".Subúrbio
A história de Falabella trata a vida no subúrbio com sensibilidade e humor. A trama gira em torno de quatro amigas: a operária Tilde (Corina Sabbas), a camareira Zulma (Karin Hils), a recepcionista Lia (Lilian Valeska) e a cozinheira Soraia, (Maria Bia). Juntas, vivem suas histórias, envolvidas pelo desejo, medo, prazer e insegurança, inerentes à vida de qualquer pessoa. São mulheres com temperamentos diferentes, vaidosas e sonhadoras. Ao final de cada episódio, as amigas, que não são cantoras no seriado, se materializam em sonho como "As Marvelettes", banda composta por cantoras negras americanas que fez sucesso na década de 1960. A imagem entra como um delírio e se transforma em um clipe do tema daquele capítulo.
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