Confirmada a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, muitos procuraram as redes sociais para desabafar sobre o resultado, que frustrou todas as previsões até então. Uma das piadas mais frequentes fazia referência à série britânica “Black Mirror”, que tenta prever as consequências do avanço tecnológico na sociedade.
É que em “The Waldo Moment”, episódio da segunda temporada, um acontecimento insólito toma proporções assustadoras também na vida política. Um personagem de animação – isso mesmo, um desenho – torna-se tão popular a ponto de concorrer formalmente durante as eleições britânicas, ultrapassando sua condição de fruto de computação gráfica.
“Não estou gostando deste episódio de ‘Black Mirror’. Onde mudo de canal?” ou “Por favor digam que esta é apenas uma simulação bem avançada de realidade virtual” foi a tônica de muitas publicações do Twitter durante os primeiros resultados das urnas americanas.
Rapidamente, os criadores da série postaram, também no microblog, que o que estamos vivendo não é fruto da imaginação de seu criador, Charlie Brooker. “Isto não é um episódio. Isto não é marketing. Isto é vida real”.
De maneira assustadora, a série tem servido de termômetro e até um guia para discutir a sociedade dos anos 2010. Para quem busca repertório para refletir sobre a contemporaneidade e ainda não assistiu à série, é só buscar a Netflix. Todos os episódios estão disponíveis.