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A diretora australiana Jennifer Kent tem uma maneira muito particular de contar a história em The Babadook, o primeiro longa-metragem que ela faz, com poucos atores e orçamento baixo.

Do momento do acidente, bem no começo do filme, até o fim, o ponto de vista é inusitado com frequência e os detalhes se impõem com força. (A certa altura do filme, por exemplo, percebi que a casa em que os personagens moram é inteira cinza. Tudo. As paredes, os móveis, as roupas de cama, tudo.)

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Um amigo meu defende que o filme é sobre a depressão, ela seria o monstro que aterroriza a mãe. Faz muito sentido. Mas pode ser também o luto (parece haver uma relação entre a figura de Babadook e a do marido morto). Pode ser a morte. Ou até a vida.

A história é tão carregada de símbolos que aceita várias interpretações. É um filme incômodo como uma conversa sobre temas difíceis pode ser. Se você tiver estômago ou estiver num dia bom para encarar algo assim, talvez The Babadook fique na sua cabeça por muito tempo.

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