De volta ao crime
A versatilidade de Ney Matogrosso como intérprete de canções, em breve também poderá ser vista nas telas de cinema. O cantor é o protagonista do filme Luz nas Trevas A Revolta da Luz Vermelha, continuação do clássico longa-metragem dirigido por Rogério Sganzerla em 1968, inspirado nos crimes de João Acácio Pereira da Costa criminoso que aterrorizou mansões paulistanas na década de 1960.
Com roteiro escrito pelo próprio Sganzerla, pouco antes de sua morte, em 2004, o filme, cuja estreia é prevista para o fim deste ano, conta com direção de Helena Ignez (viúva do cineasta) e Ícaro Martins. A narrativa é uma continuação da produção de 1968: na cadeia, Luz Vermelha conhece seu filho, que teria sido gerado durante uma visita íntima. Rejeitado pelo bandido, o jovem passa então a seguir os passos de seu pai na vida do crime.
As filmagens, realizadas em março, em um presídio desativado em São Paulo e outras locações na capital paulista, exigiram bastante de Ney, que vive um protagonista pela primeira vez em sua carreira de ator. "Foi ótimo. Minha única dificuldade foi falar com uma voz grave e alta", conta o ator, ignorando o puxado esquema de filmagens, que exigia 12 horas diárias.
Ator antes de ser cantor, Ney garante que seu trabalho nos palcos não o influencia no momento de atuar diante das câmeras, algo que, por sinal, ele também tira de letra. "Quando canto, interpreto meus próprios personagens e, quando atuo, faço personagens dos outros", explica. (JG)
Serviço
Ney MatogrossoQuando: Dia 2 de abril, às 21hQuanto: INGRESSOS ESGOTADOSOnde: Teatro Guaíra (Conselheiro Laurindo, s/nº, Centro, Curitiba, PR; Telefone: (41) 3304-7982)Veja o serviço completo no site Guias e roteiros RPC
Mais de 500 mil pessoas de todo o país já viram e pelo menos mais dois mil curitibanos terão o privilégio de conferir, pela última vez, o espetáculo da turnê Inclassificáveis, que o cantor Ney Matogrosso apresenta nesta quinta-feira (2), para um Guairão lotado. "Tudo mudou. O repertório é o mesmo, mas o resto é todo diferente. Amigos meus que viram o show uma vez e o assistiram de novo, recentemente, ficaram surpresos", adianta o cantor, em entrevista por telefone à Gazeta do Povo.
Com direção musical de Emílio Carrera (ex-integrante da banda Secos e Molhados), o show, também lançado nos formatos CD e DVD, traz de volta à cena aquele Ney Matogrosso performático, de visual exuberante, combinado a um repertório que dialoga tanto com fãs antigos, quanto com a nova geração fã de pop, rock nacional e samba tradicional.
O resultado dessa soma é o sucesso estrondoso, já previsto por Ney desde a primeira apresentação do espetáculo. "Quando estreei, em setembro de 2007, em Juiz de Fora, eu já sabia que ia ser assim. No dia seguinte, postaram um vídeo do show no YouTube e, a partir disso, a turnê decolou", lembra o cantor, ressaltando a importância do aspecto visual desse show.
Em um cenário de cores fortes, em que cortinas "desabam" no fundo do palco, criando novas e impactantes atmosferas a cada momento, Ney Matogrosso vestido em um macacão dourado, composto por 40 mil micropaetês bordados à mão, desenhado pelo estilista Ocimar Versolato embeleza com sua impecáveis voz e interpretação hits como "O Tempo Não Pára", "Pro Dia Nascer Feliz" e "Por Que Que a Gente É Assim" (de Cazuza) e canções de nomes não tão conhecidos do grande público, como "Ouça-Me" (Itamar Assumpção), "Leve" (da paranaense Alice Ruiz) e "Novamente" (Fred Martins).
Futuro
Envolvido em diversos outros projetos, incluindo o protagonista do longa-metragem Luz nas Trevas A Volta do Bandido da Luz Vermelha (leia mais no quadro ao lado), o inquieto Ney não exita ao afirmar que Inclassificáveis não deixará saudades. "Não sinto falta, porque sempre emendo um trabalho após o outro."
Prova disso é Beijo Bandido, show inédito que o cantor deve trazer a Curitiba em breve. Abusando de sua versatilidade, o próximo espetáculo do cantor, sob direção musical do pianista Leandro Braga, é o oposto de Inclassificáveis. De ambiência camerística, ideal para teatros, o show é composto por clássicos da MPB, como "Tango pra Teresa" (sucesso na voz de Ângela Maria), "A Distância" (Roberto Carlos), "A Bela e a Fera" (Edu Lobo e Chico Buarque) e "Invento" (de Vitor Ramil, cuja letra originou o título do show).
No palco, somente Ney e os músicos Lui Coimbra (violoncelo), Ricardo Amado (violino) e Felipe Rosseno (percussão) todos de terno. "Alterno momentos de expansão e retração. Beijo Bandido poderia ser chamado de recital", define. Nos planos do cantor, estão ainda um CD de Beijo Bandido, que será gravado em estúdio no mês de maio e um registro ao vivo do show, cuja gravação está prevista para o mês de junho. Mas, depois do momento de retração, Ney promete se expandir novamente. "Enquanto fazia Beijo Bandido, já estava criando um outro show de pop, para depois que essa turnê acabar", revela, incansável.
Serviço
Inclassificáveis, show com o cantor Ney Matogrosso. Teatro Guaíra (Pça. Santos Andrade, s/n.º), (41) 3315-0979. Dia 2, às 21 horas. Ingressos esgotados. Classificação livre.
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