O livro Paulo Moura, Um Solo Brasileiro traz o último trabalho autoral do músico encartado na edição. Fruto Maduro, em parceria com o guitarrista e amigo André Sachs, tem dez músicas inéditas, que passeiam entre samba, choro e erudita. O disco é resultado de mais de cinco anos de trabalho no estúdio de Sachs, e conta com a participação de uma série de outros músicos incluindo o percussionista Laudir de Oliveira, que apresentou Sachs a Moura.
"Trabalhamos muito tempo juntos", diz Sachs. "Temos muitas coisas gravadas. Ele era muito perfeccionista, queria tudo exatamente como tinha pensado. Por isso também demorou, além de ter sido feito entre pausas para turnê", conta o músico. Apesar das diferenças Moura tinha o dobro da idade de Sachs , o resultado foi aprovado pelo próprio clarinetista, que chegou a ouvir algumas músicas finalizadas. "A maioria das músicas são para dançar. Mostram momentos muito alegres dele, ainda bem, com saúde", diz. "Ele ouviu no hospital e ficou feliz da vida. E foi a única vez em que parou para ouvir sem criticar", brinca Sachs.
"Ele era um maestro e arranjador, e eu sou mais intuitivo. Ele gosta de fazer coisas mais complexas, e eu mais simples. Mas, apesar de o disco ter começado primeiro só com ideias dele, ele também queria coisas minhas", diz Sachs. "Ele gostava de tudo o que era bom. Era curioso com música, gostava de aprender coisas novas."
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