Amor em Nova York
Confira, na íntegra, a letra de Dois Dias, canção na qual Matheus Duarte recria como foi o início do relacionamento dele com Thali Sugisawa, sua atual esposa:
Ela achava que não ia dar em nada
Olhava o telefone sem esperar
Talvez a ligadinha por educação
Talvez não
Tudo era um flash
A luz acesa no corredor
O sol nascendo nas ruas azuis
Taxista indiano falador
O beijo demorado
Ele sabia que não era só aquilo
As mãos suando no celular
Não acreditava em compromisso
Mas precisava ligar
Tudo era um flash
A mão onde não deveria estar
As sombras se enroscando sem parar
E a conversa até amanhecer
O beijo demorado
Foi o vento que virou de vez
Ou Deus que libertou o sol?
Só sei que não dá mais pra querer ficar só
Ele resolveu ligar
Ela ficou feliz em atender
Os dois decidiram se encontrar
Era como tinha de ser
Agora tudo é um flash
O beijo naquele lugar da TV
Passeio de mão dada que nem casal
Vontade de fato ser
Pra sempre namorados
Os álbuns e as canções dos Beatles são as primeiras lembranças de Matheus Duarte, quando ele tinha três, quatro anos. Durante a gravidez, a sua mãe ouvia o álbum The Dark Side of The Moon, do Pink Floyd. O parto dele foi realizado, a pedido do pai, ao som de Astor Piazzolla.
O tempo passou. Duarte tem 32 anos e se tornou músico. Mineiro de Viçosa, já viveu em meia dúzia de cidades, no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa, antes de fixar residência em Curitiba, no final de 2008.
Foi uma curitibana, Thali Sugisawa, que fez com ele Duarte viesse para a capital paranaense. Nesta semana, possivelmente no dia 28 de abril, prevê o obstetra, vai nascer a filha do casal, Melissa. "Quando eu visitava Curitiba, sempre tinha o desejo de morar aqui. E a vida, de fato, me trouxe para essa cidade, onde pretendo viver até quando for possível", diz o músico, que trabalha como produtor musical e está à frente do projeto Match, que, a cada dia, conquista mais público.
No dia 13 de maio, Matheus Duarte, acompanhado de André Nisgoski (baixo) e Val Ofílio (bateria), sobe ao palco Ecomusic, durante o Lupaluna 2011. "As coisas estão acontecendo em minha vida. A música está fluindo", comemora Duarte. No evento promovido pelo GRPCom, ele vai apresentar o repertório do álbum Match, resultado das canções que compôs nos últimos cinco anos.
Em novembro do ano passado, Duarte finalizou as gravações, no Nicos Stúdio, em Curitiba. As dez canções, todas dançantes, já foram executadas ao vivo no Erá Só o Que Faltava, Empório São Francisco e Fnac, em Curitiba, e em Foz do Iguaçu, onde ele morou por 15 anos.
Tudo era um flash
Quando ainda vivia na cidade do oeste paranaense, Duarte recebeu uma proposta para trabalhar, com música, nos Estados Unidos, e não hesitou: fez as malas e, durante seis meses, em 2007, morou em Nova York. Lá, viria a conhecer aquela que seria a sua futura, e atual, esposa. O encontro entre Duarte com Thali está recriado na letra da canção "Dois Dias": "Ela achava que não ia dar em nada/ Olhava o telefone sem esperar/ Talvez a ligadinha por obrigação/ Talvez não (...) Ele resolveu ligar/ Ela ficou feliz em atender/ Os dois decidiram se encontrar/ Era como tinha de ser/ Agora tudo é um flash."
Aquelas 48 horas alterariam o destino dos dois brasileiros que, em um primeiro momento, não acreditavam que poderiam seguir juntos pela vida. "Foi o vento que virou de vez/ Ou Deus que libertou o sol?/ Só sei que não dá mais pra querer ficar só", diz a letra da canção que eterniza o início de um casamento.
De modo geral, o álbum Match reúne canções que tratam dos primeiros momentos de uma relação. A sonoridade, apesar do flerte com o pop contemporâneo, remete à década de 1970, período da música de que Duarte mais gosta. Fã da banda Led Zeppelin, ele usa uma guitarra Gibson igual a que o guitarrista Jimmy Page empunhava.
Neste momento, Duarte também está compondo com Dary Jr. (ex-Terminal Guadalupe) para o projeto brancaleoneZ mas, daí, já é assunto para uma outra reportagem.
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