O pianista sul-coreano Kun Woo Paik se apresenta pela primeira vez no Brasil neste domingo (9), às 18h30, na Capela Santa Maria. Radicado em Paris, o músico é reconhecido internacionalmente desde os anos 1970, e tem na biografia performances ao lado das principais orquestras do mundo.
No recital, promovido pela Embaixada da Coreia, Paik vai tocar algumas das peças mais importantes do vasto repertório que tem gravado.
De Ravel, o pianista tocará “Valsas Nobres e Sentimentais”. A apresentação da obra completa para piano do compositor francês em Nova York, no anos 1970, foi uma das responsáveis por impulsionar a carreira internacional de Paik.
De Liszt, outro compositor importante em seu repertório, o músico tocará “Fantasia e Fuga sobre o tema B-A-C-H”. O programa ainda terá a “Suíte Francesa N.º 5”, de Bach, e “Variações sobre um tema de Haendel”, de Brahms.
O evento tem entrada franca, sujeita à lotação da Capela Santa Maria. O acesso será por ordem de chegada.
Agenda
Em entrevista à Gazeta do Povo, Paik conta que fez uma seleção de peças que já toca há muito tempo, e pelas quais tem um carinho especial. “Mesmo depois de muitos anos, todo dia há uma coisa nova para descobrir dentro da música”, conta o pianista.
Recital
Capela Santa Maria – Espaço Cultural (R. Cons. Laurindo, 273), (41) 3321-2840. Dia 9, às 18h30. Entrada franca. O acesso será por ordem de chegada. Sujeito à lotação.
Aos 70, o músico diz estar contente por estar finalmente pela primeira vez no Brasil – país de Villa-Lobos, compositor que admira, e de Nelson Freire, colega pianista famoso que conheceu em Paris. “Há muito tempo tinha vontade de conhecer o Brasil, principalmente pela natureza brasileira”, diz.
Paik – que também se apresenta em Brasília (DF) na próxima terça-feira (11), em comemoração à Data Nacional da República da Coreia – conta que está comemorando dez anos da gravação da integral das “Sonatas para Piano”, de Beethoven, que lançou pela Decca em três volumes entre 2005 e 2007. Ele fará uma turnê por várias cidades da Coreia em 2017.
Além da agenda de recitais tradicionalmente cheia, o músico conta que tem procurado acompanhar o surgimento da próxima geração de pianistas. Paik – que estudou música na Juilliard School e teve entre seus mestres Rosina Lhévinne e Wilhelm Kempff – diz estar interessado em entender como os novos pianistas estão se desenvolvendo, e que tem encontrado muitos músicos promissores, com um estilo próprio. “Ter seu próprio som, sua própria expressão, é a coisa mais importante para o músico”, aconselha.