Formada em 1978, na Califórnia, o quarteto de punk rock Social Distortion, em 30 anos de carreira, nunca "desceu" para a América Latina. Após o advento da internet, não teve jeito diante dos milhares de e-mails enviados por fãs latino-americanos à banda, exigindo a chance de ver a formação interpretar seus clássicos ao vivo, uma turnê teve de ser negociada.
Depois de passar por Buenos Aires, na Argentina, a excursão chegou ao Brasil ontem (15), quando o grupo se apresentou em Porto Alegre. Hoje (16), é a vez do Rio de Janeiro e, no sábado (17), de São Paulo. À capital paranaense coube o grand finale, que acontece neste domingo (18), às 21 horas, no Curitiba Master Hall.
Mas, afinal de contas, por que tanta demora? "Todos nos perguntam a mesma coisa e a minha resposta também é sempre a mesma: por pura ignorância da nossa parte. Durante esses anos todos, nos concentramos nos Estados Unidos e no Canadá e acabamos perdendo a noção de que a América do Norte é apenas uma pequena parte do mundo", confessa o vocalista, guitarrista e líder da banda Mike Ness, em entrevista por telefone.
Além de Mike, sobem aos palcos os músicos Jonny "2 Bags" Wickersham (guitarra), Brent Harding (baixo) e Adam "Atom" Willard (bateria), oriundos de uma das várias mudanças de formação vividas pelo grupo ao longo dos anos. Quanto ao repertório, Ness garante que não vai se concentrar apenas em Sex, Love and RocknRoll (2004), mais recente disco da banda. "Como é a primeira vez que estamos nos apresentando aí, vamos tocar as canções que todos desejam ouvir. São 30 anos de música, há muitos fãs que cresceram com a gente", conta.
Há ainda chances de a banda incluir canções inéditas no setlist, já que o Social Distortion interrompeu as gravações de um novo disco para cair na estrada. Com previsão de lançamento em setembro, o trabalho conta com produção do próprio vocalista. "As músicas não estão prontas ainda, mas eu estou bem animado para mostrá-las. Mas não posso ser egoísta, pois sei que os fãs querem ouvir nossos hits. Na hora, vamos ver como será", diz.
Lula vai trabalhar crise dos deportados internamente sem afrontar Trump
Delação de Mauro Cid coloca Michelle e Eduardo Bolsonaro na mira de Alexandre de Moraes
Crise do Pix, alta de alimentos e Pé-de-Meia mostram que desconfiança supera marketing de Lula
Tiro no “Pé-de-Meia”: programa pode levar ao impeachment de Lula; ouça o podcast