Cinema
Confira informações deste e de outros filmes no Guia da Gazeta Maringá.
O Casamento do Ano, que estreia hoje nos cinemas, é uma espécie de Casamento Grego, sem o lado grego da coisa. Aqui, Robert De Niro e Diane Keaton se reencontram décadas depois de O Poderoso Chefão Parte 2, e talvez fosse melhor não se reencontrarem. A trama, dirigida por Justin Zackham (Antes de Partir) adapta uma comédia francesa, fazendo os devidos ajustes culturais.
O casamento de Missy (Amanda Seyfried) e Alejandro (Ben Barnes) é o de menos aqui o que importa são as piadas, muitas de cunho sexual envolvendo os personagens mais maduros, interpretados por De Niro, Diane e Susan Sarandon. O noivo é colombiano de nascimento, mas cresceu nos Estados Unidos. A vinda da mãe biológica, Madonna (Patricia Rae), para a festa é o que traz as complicações.
Não que ela seja exigente, mas por ser rigidamente católica, o rapaz acredita que ela não ficará feliz em saber que os pais de sua noiva, Don (De Niro) e Ellie (Diane), estão divorciados e ele tem uma nova companheira, Bebe (Susan). Por isso, o rapaz pede ao sogro que finja que ainda é casado com a mãe de sua filha.
O visual faz lembrar comédias de diretores como Nora Ephron (Sintonia de Amor) e Nancy Meyers (Alguém Tem Que Ceder), sem o mínimo de percepção das relações humanas que essas diretoras possuem em seus filmes. É, no fundo, uma mera lavagem de roupa suja entre familiares e ex-familiares.
Bebe foi a melhor amiga de Ellie, até roubar o marido dela com quem está há uns 10 anos. Porém, para enganar a mãe de Alejandro, ela não vai medir esforços, se aproveitando do ex-marido, para enlouquecer a sua ex-amiga como, por exemplo, gritar bem alto para fingir alguma intimidade com ele na cama.
Há também personagens secundários, como os irmãos adotivos de Alejandro, Lyla (Katherine Heigl) e Jared (Topher Grace). Ela terminou com o namorado e pode estar grávida, enquanto seu irmão jurou que se casará virgem, mas, aos 29 anos, está reconsiderando a decisão.
De Niro parece se acomodar nas comédias em que, muitas vezes, zomba de si mesmo e de seus personagens mais famosos, como aqui e em Entrando Numa Fria. O Lado Bom da Vida, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar, parece ter sido um mero acidente em sua carreira. Já Diane Keaton esteve em comédias mais bem resolvidas nos últimos anos, como Alguém Tem Que Ceder.
O Casamento do Ano, como Operação Madrinha de Casamento e Quatro Amigas e um Casamento, tira o foco da cerimônia e dos noivos, para falar sobre os coadjuvantes da cerimônia. A falta de graça ou charme deste, no entanto, faz lembrar mais Quatro amigas..., que, como este, parece não ter muita razão de ser.
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