A Pereira da Tia Miséria: espetáculo de rua foi eleito o melhor do Paraná em 2011| Foto: Divulgação

É praticamente impossível destacar ou fazer um guia dos melhores espetáculos do Fringe. Isso porque o diferencial da mostra paralela do Festival de Teatro de Curitiba está na variedade e diversidade de propostas. Da comédia ao drama, do improviso à dança, passando pelo teatro infantil, o circo e peças de rua, o Fringe é um universo democrático de experiências nas quais o gosto pessoal e a afinidade contam muito na hora de escolher a que peça assistir.

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Sem uma curadoria específica, como ocorre com a Mostra Oficial, o Fringe permite que grupos de dentro e fora do país ocupem diversos espaços da cidade disponíveis para as apresentações. Nesta edição, companhias de 19 estados, incluindo o Distrito Federal, integram a programação da mostra paralela, dentre os quais se destacam São Paulo (43 espetáculos) e Rio de Janeiro (37), Minas Gerais (20) e Santa Catarina (14), além de, claro, o Paraná, responsável pela maioria das montagens (204).

Criado em 1998, o Fringe acompanha o Festival desde a sua sétima edição. Começou modesto, com sete espetáculos, e só cresceu desde então. Neste ano, 368 peças compõem a mostra paralela, divididas em diferentes gêneros.

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Recente­mente, o Fringe também ganhou seleções especiais, reunindo espetáculos de acordo com propostas específicas, cada uma com curadorias próprias. Em alguns casos, companhias consolidadas assumem a responsabilidade pelas mostras, o que costuma garantir escolhas interessantes de espetáculos que, como se verificou nas edições anteriores do Festival, tornam-se grandes surpresas. Neste ano, a Companhia Brasileira de Teatro e o Galpão Cine Horto estão à frente das mostras Na Companhia de... e Grupos de BH - Teatro para Ver de Perto, respectivamente.

Variedade

Mas a grande característica do Fringe é mesmo seu caráter democrático. Com ingressos com preços variados e espetáculos gratuitos, ele concentra uma grande variedade de opções. Um dos destaques são as peças de rua que, neste ano, serão mais de 50, incluindo a abertura oficial do Festival, com Los Pájaros Muertos, e peças circenses. A Pereira da Tia Miséria, peça do Núcleo Ás de Paus, de Londrina, retorna ao Fringe depois de receber o Troféu Gralha Azul de melhor espetáculo paranaense em 2011. Gratuitas, as peças de rua ganham dezenas de espaços da cidade em diversos horários.