No ano em que o Teatro do Paiol (Lgo. Guido Viaro, s/n.º) faz o 40.º aniversário, a banda curitibana Maxixe Machine resolveu convidar um "maldito" da MPB para as apresentações desta sexta-feira e sábado, às 21 horas. O escolhido foi Walter Franco "o maldito dos malditos", na avaliação do vocalista do grupo paranaense, Rodrigo Barros , que vem a Curitiba ao lado do filho, Diogo Franco, que também apresenta suas próprias composições.
Maldito é um dos rótulos usados para classificar alguns compositores que ficaram à margem da música brasileira, seja pelo experimentalismo ou pela estranheza que causaram suas criações. "Entre o Jorge Mautner, o Jards Macalé e o Luiz Melodia, o Walter Franco é o cara do rock, é quem pega mais essa bandeira. Ele gravou com O Terço, Walter Smetak, Rogério Duprat. Da MPB, ele é a vertente mais próxima ao jeito de tocar do Maxixe", diz Barros.
Imersão
A banda curitibana deve apresentar algumas músicas de seu último CD, Sambas em Tiro de Guerra (2012), e, com Walter Franco, algumas das canções mais conhecidas do convidado "Serra do Luar", "Vela Aberta", "Coração Tranquilo" e "Feito Gente" (do cultuado Revolver, de 1975), dentre outras.
As mais experimentais, como a hipnotizante "Cabeça" e sua complexa sobreposição de elementos, o músico paulistano deve apresentar sozinho, ao violão. "É o jeito que funciona com esta coisa mântrica dele", diz Barros. De acordo com o vocalista curitibano, a Maxixe Machine, acostumada a uma sonoridade mais pesada, precisou se adaptar para soar junto com o estilo do convidado mais sutil e minimalista. Daí o Maxixe incluir poucas músicas próprias no show, e optar pelas mais calmas.
"Estamos tendo uma imersão na loucura walterfranquiana", alega Barros. As convergências estéticas, no entanto, são maiores. "Ouço Walter Franco desde muito jovem. A gente tem uma ligação com a poética dele. E, nos demos muito bem pessoalmente, virou um clima legal. Só que Walter é uma pessoa exigente dentro do estilo que ele faz, e tivemos de nos adaptar."
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