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A Virada Cultural também tem balé. O grupo G2 do Teatro Guaíra aproveitou mais uma vez o sedutor círculo de vidro que separa a entrada do Museu Oscar Niemeyer (MON) do auditório Poty Lazzarotto para estrear seu "Banquete das Diferenças", neste domingo, às 15h30. Ano passado, o local serviu de palco para a retrospectiva "Portfólio".
Cerca de 300 pessoas foram atraídas para lá, seja pelo bom nome da companhia, seja pelo som eletrônico hipnotizante que fez a trilha da peça. Em ritmo lento, nove bailarinos e bailarinas vestidos em terno e gravata preto fazia no mínimo 30 graus entravam por turnos no solo envidraçado. A roupa básica servia de suporte para suas cabeças, totalmente cobertas cada artista portava uma criação própria, feita de botões, galhos, copinhos coloridos, malha prateada etc.
Assim como o adereço, a coreografia foi criação coletiva do grupo, que ao longo de um mês trabalhou com workshops rotativos organizados por cada um deles, e buscou referências na obra de artistas plásticos como Salvador Dalí e Frida Khalo e no poeta André Breton, teórico do surrealismo. A amarração final do trabalho veio no período de uma semana. Entrando no clima
Enquanto um desses seres, com a cabeça feita de flores, desenvolvia seus movimentos antes de entrar no círculo, um ou outro integrante da plateia aproveitava para se postar ao lado e tirar uma foto.
Primeiro o grupo criou dois focos de ação dentro da improvisada arena. Em um, uma dupla e depois vários deles transportavam uma mesa com rodinhas, sobre a qual realizavam movimentos com as mãos e cabeças, até chegar ao corpo todo. Do outro lado, outra dupla criava esculturas com copos de plástico duro, para depois deixar todos surpresos ao caminhar sobre eles.
No fim, a reunião de todos ao redor da mesa lembrou "A Mesa Verde" (1932), um dos marcos originários da dança expressionista, com coreografia do alemão Kurt Jooss. A imagem das cabeças mascaradas ao redor da mesa serviu também de inspiração ao grupo Secos e Molhados para uma célebre capa de disco em 1973.
Virada também é isso: reunir em poucas horas a apresentação de diferentes vertentes artísticas que nos fazem ver o quanto estamos pensando junto, ainda que com muitas diferenças.
"A Frida dizia que o surrealismo é a surpresa mágica de encontrar um leão num guarda-roupa, onde tínhamos a certeza que encontraríamos camisas", disse a bailarina Inês Drumond à reportagem após o espetáculo, que durou 20 minutos.
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