Fagner se sensibilizou com o projeto social do violista José Maria Magalhães Silva| Foto: Lena Trindade/Divulgação

Show

Fagner, Quarteto Iguaçu e Orquestra de Cordas de Tunas

Teatro Guaíra (Pç. Santos Andrade, s/nº), (41) 3304-7900. Dia 18, às 20h30. R$ 40 e R$ 20 (plateia), R$ 30 e R$ 15 (1º balcão) e R$ 20 e R$ 10 (2º balcão).

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Os fãs de Fagner poderão assistir aos maiores sucessos de seus 40 anos de carreira no show que o cantor cearense apresenta com a Orquestra de Tunas e o Quarteto Iguaçu amanhã, no Guairão. Mas pouca gente estará tão feliz quanto o violista do quarteto, José Maria Magalhães Silva, conhecido como Zé Maria (veja o serviço completo do show no Guia Gazeta do Povo).

Fagner, seu conterrâneo, é o maior cantor do país, em sua opinião. Não bastasse o valor afetivo, a apresentação também será um grande momento para seu outro xodó: a Orquestra de Tunas.

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Trata-se de um projeto sociocultural liderado pelo violista na cidade de Tunas do Paraná, localizada na Região Metropolitana de Curitiba. Zé Maria viabilizou a compra de instrumentos e formou há dois anos a orquestra, atualmente formada por 20 instrumentistas de cordas, com idade entre 9 e 17 anos.

"Imagine a ansiedade dos meninos de Tunas", diz Zé Ma­ria, por telefone, à Gazeta do Povo, incapaz de disfarçar sua própria ansiedade. "Co­meçamos do zero há tão pouco tempo, e já vamos nos apresentar no Guaíra ao lado de um cantor como o Fagner. Constantemente me questiono se é verdade", afirma.

De acordo com Zé Maria, os jovens estão prontos para executar os arranjos encomendados de Mateus Brandão especialmente para o show.

Foram escolhidas canções de toda a carreira do cantor cearense, como "Canteiros", "Borbulhas de Amor", "Vento Forte", "Fanatismo", "Me Leva", "Pecado Verde", "Dezembros" e "Oração de São Francisco".

"Eu fiz um apanhado da década de 1980, 1990 e das composições novas", conta Zé Maria.

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Fagner, em entrevista por telefone para Gazeta do Povo, complementa. "Pegamos várias músicas que ficariam bem com o formato de orquestra de cordas", diz. "Zé Maria fez listas e fiz escolhas também até chegarmos a um denominador comum do repertório", explica o cantor, que vai apresentar canções que normalmente não canta ao vivo, como "Amor Escondido" e "Frenesi".

O cantor cearense diz que o projeto de Tunas chamou sua atenção. "Zé Maria vem tentando há muito tempo que eu vá fazer esse show", conta Fagner. "Tenho a Fundação [Raimundo Fagner], mas poucas vezes toquei com meus meninos. Isso me sensibilizou mais no sentido de participar."

Esta foi a aposta de Zé Ma­ria, que via na fundação de Fagner propósitos em comum com o da Orquestra de Tunas. "É parecido. Tiramos crianças das ruas e damos estudo", explica o violista, que é responsável por ministrar as aulas ao lado dos outros integrantes do Quarteto Iguaçu.

A empreitada, feita com recursos próprios, não tem condições de trazer lucros, ainda que Fagner tenha cobrado um cachê abaixo do padrão.

"É tudo muito caro, mas fica como um investimento para mim. Os ingressos estão à venda por um preço popular para que mais gente conheça esse trabalho que estamos fazendo e fale dele por aí", diz Zé Maria. "Porque, do jeito que fizemos, vai ser um show fantástico."

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