Um portal mágico para o mundo dos musicais

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Pela recente profusão de musicais nos teatros brasileiros – a maior parte com estreia no eixo Rio-São Paulo, pode parecer que só agora começamos a importar sucessos da Broadway. Mas, há décadas, o Brasil coleciona algumas pérolas próprias, como Roda Viva (1968), de Chico Buarque.

Seja com obras adaptadas ou pratas da casa, o Brasil já é o terceiro maior mercado produtor de musicais no mundo, atrás dos Estados Unidos e da Inglaterra. Há um ano, um grupo de 16 artistas, produtores e pesquisadores interessados no tema resolveu colocar na web uma explosão de informações sobre o teatro musical, que ajuda a atualizar sobre as estreias e oferece diversos canais de aprofundamento, inclusive para artistas iniciantes. O Mr. Zieg faz uma homenagem a Florenz Ziegfeld (1867-1932), produtor de Nova York que criou inúmeras estrelas e ajudou a elaborar o cenário das superproduções norte-americanas.

"Não é um blog, porque é feito por profissionais com pelo menos dez anos de experiência aqui e no exterior", disse à Gazeta do Povo o editor-chefe do portal, Roberto Borges.

O site oferece notícias recentes do meio – como a versão de Gilberto Gil para as músicas de O Rei Leão, que estreia em São Paulo em março – resenhas (que os autores assinam como "lady" ou "lord", mantendo o clima dos palcos); novos talentos, entrevistas com atores das montagens mais recentes, dicas de como se comportar na primeira audição, fatos históricos da área, vídeos com bastidores e podcasts com apresentações criativas – como as dez melhores canções dos musicais de rock.

O desejo dos autores é não precisar incluir publicidade nas páginas, mas é estudado um banco de dados de artistas que possa reverter em verba para manter o projeto, entre outras parcerias.

"Nosso compromisso é com a formação do leitor. No musical tudo é rico, é uma linguagem completa que mistura tudo ao vivo e ainda tem performers brasileiros", defende Borges.

Fazendo história

Além de Roda Viva, os anos 1960 viram Ópera do Malandro, uma releitura da Ópera dos Três Vinténs de Brecht. Mais adiante vieram Evita e Chorus Line, que lançou Claudia Raia como atriz de musicais.

O estouro recente do musical brasileiro, de acordo com Roberto Borges, pode ser identificado em 1999, quando estreou uma modesta montagem de Rent. No ano seguinte, veio a versão brasileira de Os Miseráveis, com grande repercussão.

Aos poucos, Curitiba começa a receber títulos, como Cabaret e Judy Garland – O Fim do Arco-Íris, que vieram em 2012.