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Peça traz várias provocações, como o pagamento do ingresso: valor fica a critério do espectador | Divulgação
Peça traz várias provocações, como o pagamento do ingresso: valor fica a critério do espectador| Foto: Divulgação

Teatro

Veja informações destas e outras peças no Guia da Gazeta do Povo.

O Espaço Excêntrico Mauro Zanatta apresenta, a partir de domingo, a peça E se Fosse..., da companhia Uma (Certa) Cia. Cênica, uma experiência dramatúrgica direcionada às crianças, mas com o propósito de integrar os pais no procedimento cênico. "É uma montagem que não se preocupa com as noções narrativas de início, meio e fim. Buscamos uma linguagem experimental, que não seja facilmente identificada e provoque reflexões", alega Talita Neves, uma das idealizadoras do trabalho.

O roteiro, escrito por Léo Moita, investiga uma pergunta repentina, fortuita, que surgiu na cabeça de Talita quando ela cursava o 3.º ano de Teatro na Faculdade de Artes do Paraná (FAP). "Um dia me surgiu o pensamento ‘Posso aprender a pendurar meus sonhos?’. A partir disso, apareceu toda uma reflexão sobre o futuro, as nossas expectativas e os dilemas cotidianos que vivemos", afirma.

Provocador

O espetáculo, que fica em cartaz até 9 de novembro, propõe uma espécie de jogo em que o público ressignifique aquilo que três atores (Lucas Buzato, Lucan Vieira e Sávio Malheiros) dizem, pensam e corporificam, ampliando, assim, as possibilidades narrativas.

Para a produtora Isadora Terra, E Se Fosse... é uma montagem sobretudo contemporânea. "Quando iniciamos os ensaios em agosto, percebemos o quanto a narrativa desconstruída poderia possibilitar novas sensações, brincar com o imaginário do teatro e estabelecer novos caminhos", diz.

O eixo do espetáculo também abrirá espaço para uma espécie de provocador cênico. "A peça é um questionamento sobre os nossos sonhos e destinos. Os personagens indefinidos giram na história como se fosse um jogo. Assim, saímos da ideia de espetáculo fechado, não-interativo, e vamos ao encontro da verbalização do sonho", completa. Entre outras provocações, o ingresso: cada um destina o valor que acredita que vale a pena ser pago.

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