O nome de Robert De Niro nos créditos de Os Especialistas pode enganar os mais incautos. Porque, aqui, o filme é do britânico Jason Statham, fazendo o mesmo personagem durão de sempre, visto em filmes como Os Mercenários (2010) e Carga Explosiva (2002).
Statham é Danny, um ex-assassino de aluguel que se aposenta depois de uma crise de consciência. Muda-se para o interior da Austrália, onde mora com sua namoradinha de infância (Yvonne Strahovski).
Quando seu parceiro dos tempos de estripulias geopolíticas leia-se, assassinatos em países em desenvolvimento , Hunter (Robert De Niro), é sequestrado por um xeique, Danny é obrigado a retomar seu trabalho.
Lá vêm então as inúmeras cenas de ação ligadas por uma trama baseada no livro de não-ficção de Ranulph Fiennes sobre assassinatos e um xeique maluco em busca de vingança pela morte dos três filhos.
Cada um dos assassinos precisa gravar um vídeo de confissão antes de ser executado por Danny e seus comparsas. Isso se resolve lá pela metade do filme, mas fica a dúvida se um deles realmente era o assassino. Sim, Danny tem esse tipo de escrúpulos fica se remoendo quando mata um inocente.
De Niro fica preso, barbudo e fora de cena durante boa parte do filme. Statham faz o de sempre: corre, atira, bate e sangra. Sobra para Clive Owen, interpretando um agente secreto inglês, tentar trazer alguma dignidade para o filme que, em alguns momentos, tenta se parecer com a trilogia Bourne, mas passa longe.
Mas o diretor, Gary McKendry, não é Paul Greengrass (da franquia Bourne) e a trama não é lá essas coisas, perdendo o vigor pouco depois do começo, quando se torna mera rotina caçar, filmar e executar. Nesse sentido, Sylvester Stallone, com o seu Os Mercenários, conseguia, apesar de todo o botox do elenco veterano, ser mais divertido.
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