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A amizade improvável de Marco Polo (Adnet) e Beto (Sterblitch) é a parte mais engraçada do filme | Divulgação
A amizade improvável de Marco Polo (Adnet) e Beto (Sterblitch) é a parte mais engraçada do filme| Foto: Divulgação

Finalmente um ar fresco depois de tantos pastelões desmedidos, piadas prontas de péssimo gosto e de tanta graça apelando para o sexo como principal trunfo nas comédias de cinema. Os Penetras, que estreia hoje, faz aquele humor em que o engraçado está no confronto entre diferentes estilos de vida e nas roubadas nossas de cada dia.

Com direção de Andrucha Waddington (de Eu Tu Eles, Casa de Areia e Lope), que assina pela primeira vez uma comédia, e uma produção levada a sério, o filme conta ainda com a interpretação de um elenco de primeira, com Marcelo Adnet e Eduardo Sterblitch e seus muitos improvisos em cena. "Na televisão, a gente se pergunta como fazer graça. Já neste filme, o nosso interesse era contar uma história. Então, existe um cuidado e uma sutileza maiores. O exagero não cabe na tela gigante do cinema. Além disso, a gente improvisou muito em cima do roteiro e deu sugestões para compor o personagem. Eu achava que o meu, por exemplo, tinha que ser moreno e tatuado. Daí dei a ideia da tatuagem bizarra de golfinho e também fiz sessões semanais de jet bronze", revela Adnet em entrevista à Gazeta do Povo.

Vigarista

A história toda começa quando, a dois dias do réveillon, o apaixonado Beto (Eduardo Sterblitch) vai ao Rio de Janeiro atrás de Laura (Mariana Ximenes) e, desprezado, tenta o suicídio. Por incrível que pareça, é o vigarista Marco Polo (Marcelo Adnet) quem salva o apaixonado da morte. "Eu observei muito os malandros de Copacabana: o bicheiro, o cara do transporte, o porteiro, o traficante, a prostituta... Peguei um pouco das gírias deles, do jeito", conta o humorista.

Nas primeiras cenas, é um pouco estranho ver o humorista Adnet como um galanteador, o pegador malandrão de belas mulheres. Mas as divertidas cenas com o excelente Eduardo Sterblitch, do Pânico na TV, fazem o cenho franzido sumir da testa. Aliás, o cara que já fez fama como o César Polvilho no programa da Band rouba a cena em muitos momentos.

Eduardo é um cara do interior, pateticamente carinhoso e absolutamente ingênuo. A interpretação que poderia beirar o caricato é natural, espontânea e divertida.

Além da dupla, Mariana Ximenes e Stepan Nercessian seguem muito bem no filme, assim como Babu Santana e Xando Graça, que fazem os policiais cariocas, presentes em um dos momentos mais divertidos. Aliás, são muitas as boas cenas. Um viva à boa comédia! GGG1/2

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