"Você precisa de US$ 1 milhão de dólares até as 9 horas da noite, ou será deixado para morrer nesse caixão." O ultimato dado ao motorista de caminhão Paul Conroy (Ryan Reynolds) em Enterrado Vivo (confira trailer, fotos e horários das sessões) é o ponto de partida para o filme que estreia nesta sexta-feira, numa história que mistura suspense e críticas à guerra contra o terror.
Trata-se de uma experiência claustrofóbica. Nos créditos iniciais, o desconforto é imediato. Como o título indica, Paul foi enterrado vivo. Dentro do caixão, com pouco oxigênio, e munido apenas de um isqueiro e um celular, não entende o que está acontecendo. A partir dos telefonemas que passa a dar, o público percebe o motivo do infortúnio: contratado como motorista de uma empresa norte-americana no Iraque, o comboio de Paul foi atacado por terroristas, que o fizeram refém em um sequestro.
O grupo rebelde é opositor aos EUA e exige um resgate de US$ 5 milhões para deixá-lo partir valor que sofre um desconto, quando o terrorista Jabir percebe que não há como receber tudo isso.
Para quem ligar? O governo irá liberar a quantia? As agências de inteligência norte-americanas aceitarão negociar com terroristas? O Exército conseguirá encontrá-lo com vida? Ele deve gastar o pouco de bateria para se despedir da mulher e dos filhos?
Esses são apenas alguns questionamentos desesperados do protagonista. O filme, do diretor espanhol Rodrigo Cortés, é cruel com Paul. Ele não sofre apenas com a situação insólita, mas também com a falta de esperança ao final de cada ligação.
Ryan Reynolds, mais conhecido por filmes de ação (ele é o novo Lanterna Verde) e comédias românticas (trabalhou com Sandra Bullock em A Proposta), consegue dar fôlego ao filme, com uma performance inspirada.
O ator está sozinho em cena por mais de uma hora e meia de projeção, obrigado a carregar o filme nas costas. Assim, qualquer interpretação menos vigorosa seria sinônimo de catástrofe. Causou surpresa, no entanto, que Enterrado Vivo tenha levado o prêmio de melhor roteiro original pela National Board of Review (NBR), antiga associação de críticos e formadores de opinião nos EUA, levando a melhor sobre A Origem (de Christopher Nolan).
Prenúncio do Oscar, a premiação da NBR consagrou A Rede Social, de David Fincher, que está em cartaz nos cinemas e venceu nas categorias de melhor filme, diretor e ator.
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