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Miguel Thiré interpreta Fred, fotógrafo que decide tocar o hotel que era do pai | Guillermo Giansanti/ Divulgação
Miguel Thiré interpreta Fred, fotógrafo que decide tocar o hotel que era do pai| Foto: Guillermo Giansanti/ Divulgação

Estreia

Copa Hotel

Canal pago GNT. Segunda-feira, às 22h30.

  • Fernanda Nobre vive a atriz Antônia
  • Natasha Stransky e Felipe Rocha contracenam
  • Maria Ribeiro vive uma médica

Ter morado um ano em Londres ajudou Miguel Thiré a entender o temperamento do seu primeiro protagonista na tevê. Fred é um fotojornalista que volta ao Rio para a missa de sétimo dia do pai depois de viver por mais de uma década na capital britânica. Durante a estada, acaba decidindo se fixar novamente no Brasil para tocar o negócio que dá nome à nova série de ficção do GNT, Copa Hotel. Com estreia marcada para hoje, às 22h30, a atração tem direção-geral do cineasta Mauro Lima, de Meu Nome Não É Johnny (2008) e Reis e Ratos (2012).

Miguel, de 30 anos, fez teste para levar o papel principal na produção, e explica como a experiência fora do país o ajudou: "Em Londres, as pessoas não costumam trocar olhares nas ruas. E Fred, embora seja carioca, traz o olhar do europeu quando volta para uma cidade que não conhece mais. As circunstâncias em que ele está envolvido são dramáticas, mas o personagem tem um humor britânico, seco, irônico."

Na trama, com roteiro assinado por João Paulo Cuenca e Felipe Bragança, Fred desiste de vender o decadente hotel da família e vai contra a vontade de sua madrasta e dos filhos dela, Bia (Verônica Debom) e Tavinho (Luca Bianchi). O fotógrafo resolve tocar o negócio, que já viveu o seu auge na década de 1970 e está afundado em dívidas.

"Fred tem uma espécie de regressão ao voltar ao Rio, e herda esse elefante branco. Ele mesmo acha absurda a ideia de tocar o hotel, mas não consegue se desfazer daquilo. É um personagem que está fora do eixo", explica Miguel.

No primeiro dos 13 episódios da temporada – o segundo ano da série também já está acertado com o canal –, o protagonista resume seu sentimento em relação ao Rio: "Essa cidade é toda nostalgia para mim".

Enquanto se readapta ao novo cotidiano, o fotógrafo também precisa lidar com duas mulheres que entram em sua vida. Ele se envolve ao mesmo tempo com a médica Maria (Maria Ribeiro), que conhece na missa de sétimo dia do pai, e com a atriz paulistana Antônia (Fernanda Nobre), hóspede do hotel.

"Mulher não falta para ele. Mas o Fred não é um Don Juan. Ele acaba sendo devorado por esse comportamento feminino", divertese Miguel.

O ator protagoniza se­­quên­­cias de sexo com diferentes atrizes, mas garante não ter se preocupado com essa questão. "A série está elegante. Essas não foram cenas que me deixaram apreensivo. No ar, o resultado será excitante."

Flertes

No primeiro episódio, Fred flerta com uma frequentadora do bar do hotel, mas falha na hora H. No segundo, ele arrasta a médica Maria para um dos quartos, mas também não funciona.

"Já fiz muita cena de sexo, mas não estou querendo mais. Tenho um filho com 10 anos (João, do relacionamento com Paulo Betti) e outro de 3 (Bento, do casamento com Caio Blat). A história pode ser sensual sem ser explícita. Desta vez não fico pelada e nem beijo mulher. Não é tão animado quanto Oscar Freire 279", conta Maria Ribeiro, referindo-se à série sobre o mundo da prostituição de luxo exibida pelo Multishow em 2011 e na qual atuou.

O fato de as duas atrações serem da mesma produtora, a Prodigo Films, foi determinante para que Maria – já no ar no Saia Justa, no GNT – topasse integrar o elenco de Copa Hotel.

"Oscar Freire 279 foi uma experiência muito feliz. O modelo de fazer tevê deles me interessa muito. Eu quero escrever seriados, e aqui [na produtora] posso participar mais, mexer no texto. Falar de Copacabana também me animou. E ainda, rolou a oportunidade de trabalhar com o Mauro Lima", enumera.

Com experiência em tevê, Mauro já dirigiu duas temporadas da série Ó Pai, Ó, exibida pela Rede Globo. Em Copa Hotel, ele divide o trabalho com Tomás Portella.

"O que eu acho interessante é que a série não é sobre Copacabana. É como se fosse um olhar externo. A fauna que circula pelo hotel não é a mesma do bairro", aponta Lima.

Com aproximadamente 70% das cenas gravadas num estúdio montado num casarão do Alto da Boa Vista (a parte interna do hotel foi reproduzida lá), a série também terá sequências realizadas em cartões-postais como o calçadão e a praia de Copacabana.

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