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Trama do espetáculo foi criada por Edson Bueno, mas “espírito” do longa francês está presente | Divulgação
Trama do espetáculo foi criada por Edson Bueno, mas “espírito” do longa francês está presente| Foto: Divulgação

Teatro

Veja este e outros espetáculos no Guia Gazeta do Povo.

Será mais a suavidade de François Truffaut do que seus enredos o que o espectador encontrará em Loucos de Pedra, nova estreia do grupo Delírio, de Edson Bueno (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo). Apesar de o triângulo amoroso de jovens numa cidade conservadora lembrar a trama do filme Jules e Jim – Uma Mulher para Dois (1962), o diretor explica que o principal interesse era aprender com a linguagem utilizada pelo francês. "Fluida, solta, amorosa", define.

VÍDEO: Assista ao teaser do espetáculo

A partir de hoje, o resultado dessa investigação poderá ser conferido no miniauditório do Guaíra. Em cena, Renata Chemin, Lucas Ribas e Robysom Souza vivem adolescentes livres que desejam ser artistas, mas cujo ambiente circundante não favorece a criatividade.

"A cidade conservadora onde eles vivem é uma metáfora do Brasil, e os garotos, com seu simples modo de ser, simbolizam o que as pessoas têm de bom e puro. Eles interferem naquele status quo", contou Bueno à Gazeta do Povo.

O encantamento do diretor pela obra de Truffaut (1932-1984) inaugurou seu interesse pelo cinema europeu quando assistiu ao longa-metragem Uma Jovem Tão Bela como Eu (1972). "Tem uma naturalidade tão grande, e um amor que interfere em tudo."

Nessa sua homenagem ao cineasta, Bueno espera que o espectador se sinta assistindo a uma peça espontânea, como se os próprios personagens vivessem diante da plateia e não se tratasse de atores desenvolvendo um texto.

Elenco

Trabalhando com atores muito jovens, Bueno busca formá-los para uma interpretação que inscreva suas obras na arte contemporânea. "Não quero viver outro tempo. São as novas linguagens que fazem meu teatro evoluir."

Renata e Robysom trabalharam com o diretor em Satyricon Delírio, e Robysom fez também Kafka – Uma Vigília.

Além do desafio de atuar em um palco pequeno, extremamente próximo do público, como é o Miniauditório do Guaíra, Renata encara no espetáculo o canto, em sua primeira performance pública.

"É como se estivessem dentro da nossa casa", diz. A jovem dá voz ao sucesso "Le Tourbillon de la Vie", entoado por Jeanne Moreau em Jules e Jim.

"Essa música é um emblema da nouvelle vague, cantada com extrema suavidade", explica Bueno. A canção pode ser conferida num vídeo promocional criado pelo grupo para o espetáculo.

Toda a sonoplastia, assinada por Bueno, é inspirada em Georges Delerue, parceiro das obras de Truffaut. O cenário de Michelle Rodrigues, assim como a luz e o figurino, de criação coletiva, foram pensados para seguir a trilha da naturalidade, sem muita "teatralidade".

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