Serviço
Acorde
Jairo Carvvalho. Independente. R$ 20,30. MPB.
A música mais velha de Acorde, álbum de estreia do cantor e compositor Jairo Carvvalho, remonta a 1972 três anos antes de o mineiro chegar a Curitiba. Mas foi justamente a falta de pressa o que o permitiu reunir um time invejável de parceiros e instrumentistas logo em seu primeiro CD, lançado há algumas semanas.
Acorde, que inclui parcerias de Carvvalho com compositores como Milton Karam e Sérgio Silva, tem direção musical coassinada pelo pianista Jefferson Sabbag e conta com participações de nomes conhecidos da música curitibana, como Mário Conde, Endrigo Bettega e Glauco Sölter (do grupo NaTocaia), e destaques nacionais como o acordeonista Bebê Kramer e o saxofonista Roberto Sion. O trabalho se inscreve em uma linha sofisticada de MPB, com elementos do jazz e da música erudita.
Amizades
A rede de parcerias de Carvvalho, que não tem na música sua ocupação principal, começou durante um show de compositores paranaenses no Teatro Universitário de Curitiba (TUC), quando Sérgio Silva convidou pessoas da plateia para apresentarem suas composições. "Toquei uma música minha, gostaram e me convidaram. Aí nasceu a parceria com o Sérgio", conta Carvvalho, que diz compor diariamente. "Fui conhecendo o pessoal de música da cidade, comecei a participar de festivais. E fui criando todo um estoque de músicas."
Com Silva, o músico mineiro ficou entre os primeiros colocados em festivais curitibanos de música brasileira com as canções "Era uma Vez... Um Tempo" e "Morte Expressa", que fala sobre acidentes envolvendo os ônibus expressos na época de sua implantação. "O curitibano não estava acostumado com o expresso. Diariamente alguém morria por distração. O Sérgio fez a letra e me deu", conta Carvvalho.
A maior parte das parcerias são assinadas com Milton Karam, diretor do Coral Brasileirinho, e o mineiro José Augusto Silvestre.
Paciência
As gravações foram feitas ao longo de quatro anos, conforme os músicos foram comprando a ideia. "Cada vez que um músico chegava na cidade, mostrávamos o trabalho. Eles foram gostando e participando", explica o compositor.
Ao longo deste período, os arranjos foram trabalhados lentamente e cuidadosamente. Alguns arranjos chegaram a ser refeitos três vezes. "Fui uma espécie de gerente, mas dei liberdade total para os músicos fazerem seu trabalho em minhas músicas. Eu só pedia o melhor deles", conta Carvvalho, que toca guitarra e violão no disco. "Todos os cuidados necessários foram tomados. Uma gravação é uma coisa que fica", defende.
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