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Parte do elenco do espetáculo, que busca o humor absurdo | Marco Novack / Divulgação
Parte do elenco do espetáculo, que busca o humor absurdo| Foto: Marco Novack / Divulgação

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Peça Ruim

Espaço Cênico (R. Paulo Graeser Sobrinho, 305 – São Francisco), (41) 3338-0450. 5ª a dom., às 20h. R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Classificação indicativa: 14 anos.

O teatro que fala sobre teatro continua rendendo estreias em Curitiba, como é o caso de Peça Ruim, que abre temporada hoje no Espaço Cênico (veja o serviço completo do espetáculo no Guia Gazeta do Povo). Por sorte, há um bom personagem-tema em torno do qual a cena se desenvolve, durante duas horas e vinte minutos, com um intervalo: Gerald Thomas.

>>Veja o vídeo do ensaio da peça

A pessoa-assunto é cara ao curitibano Dimis Jean Sores, que desde a faculdade, de onde saiu faz pouco tempo, pesquisa a estética do diretor carioca. "Eu via fotos, e depois vídeos, e as peças eram visualmente muito ricas. Também tentamos fazer isso", explica, sobre um monte de areia que serve de piso ao espetáculo, tal qual Bait Man, de Thomas. No figurino e em alguns elementos do cenário, ele retoma ideias que já fizeram parte de montagens do autor de Electra com Creta, Trilogia Kafka e Nowhere Man.

A homenagem não é isenta de crítica: para Dimis, seu ídolo perdeu a mão no último espetáculo que trouxe a Curitiba, Gargólios, em abril deste ano.

Em cena, Má Ribeiro interpreta Thomas da forma como este recebeu o público no último Festival de Teatro; Sávio Malheiros faz o ex-ator preferido, Luis Damasceno; Jeff Bastos encarna outro ator que enfrentou a difícil tarefa de ser dirigido pelo polêmico diretor, Domingos; e Patrícia Cipriano vive Fernanda Montenegro, que atuou em The Flash and Crash Days.

Boa parte da tensão fica em torno da direção que o personagem Gerald tenta impor à atriz russa Irina Arkadina (em alusão à personagem de A Gaivota, de Chékhov), vivida por Luiz Bertazzo. Cheia de floreios, ela simplesmente não alcança o tipo de interpretação desejado pelo encenador – não que ele saiba o que é que deseja, afinal. Esse é no fundo o conflito da peça: o caótico estilo de fazer teatro, que o enlouquecia e a todos ao seu redor. Hoje, Gerald Thomas diz não ter mais interesse no teatro, apesar de manter sua Dry Opera Company em Londres.

Diogo Zavadzki, Rafael Di Lari e Thiago Inácio também estão em cena como personagens que agregam ao clima de humor absurdo.

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