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Sala Dalton Trevisan é composta por 56 obras do autor | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Sala Dalton Trevisan é composta por 56 obras do autor| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Acervo

Sala Dalton Trevisan – Museu Guido Viaro

R. XV de Novembro, 1.348, (41) 3018-6194. De terça-feira a sábado, 14 às 18 horas. Entrada franca. Data de inauguração a definir.

Para seus leitores, a obra do escritor curitibano Dalton Trevisan sempre envolveu uma caçada a títulos antigos e fora de catálogo que, com sorte, podem ser encontrados em sebos. Mas, a partir da segunda metade do mês de maio, os curitibanos terão as dezenas de títulos do autor de O Vampiro de Curitiba e Desgracida disponíveis para consulta no Museu Guido Viaro. Um acervo total de 56 obras de Dalton, entre livros e coletâneas foi doado pelo próprio escritor ao museu, para compor uma sala especialmente dedicada a ele.

Guido Viaro, neto do pintor italiano que empresta o nome ao museu, conta que a ideia surgiu a partir de conversas entre o escritor e Constantino Viaro, seu pai, amigos de longa data. "Compramos a casa ao lado do museu para ampliá-lo e queríamos fazer uma biblioteca na parte de cima para a comunidade. Meu pai perguntou ao Dalton se ele poderia doar um acervo de sua obra e ele aceitou", conta. O diretor acredita que a sala vai servir de referência para leitores e pesquisadores da obra de Dalton.

Materiais

A coleção contará ainda com outras publicações: edições de cordel com contos avulsos, "que ele fazia para testar a reação do público antes de publicar pela editora", conta Viaro; coletâneas lançadas pela editora L&PM, todos os números da revista Joaquim – importante publicação cultural fundada por ele em 1946, da qual Guido Viaro também participou — e edições estrangeiras de _suas obras traduzidas para inglês, polonês, alemão, francês e holandês – este último, um dos idiomas em que o escritor mais é lido depois do português. "Ele foi publicado por uma grande editora por lá [Meulenhoff, responsável por publicar O Pássaro de Cinco Asas e O Rei da Terra] e recebe mais direitos autorais por lá do que por aqui. Inclusive, fizeram uma peça baseada em uma de suas obras", conta Viaro.

Os cartazes da peça, assim como o de outras montadas no Brasil, como O Ventre do Minotauro, Pico na Veia e Mistérios em Curitiba, também integrarão o acervo da sala, que segundo Constantino Viaro, provavelmente será batizada de Sala Dalton Trevisan. Por fim, o longa-metragem Guerra Conjugal, de Joaquim Pedro de Andrade e os curtas baseados na obra do autor assinados pelo cineasta Estevan Silveira estarão disponíveis na sala e serão exibidos no espaço de cinema do museu.

A preparação da sala exige uma busca constante por materiais do autor. "No momento, estamos coletando críticas feitas a seus livros que saíram em grandes jornais, como o New York Times e o Boston Globe, e o próprio Dalton pediu para incluirmos também as críticas negativas, como a do Otto Maria Carpeaux, que escrachou seu primeiro livro", conta, e completa: "Temos, inclusive, algumas páginas de seus textos com anotações do Dalton que mostram o precesso de ‘enxugamento’ da sua escrita. Todo esse material reunido vai compor uma sala que contemple o autor em várias ­áreas". A Sala Dalton Trevisan, ainda sem data de inauguração definida, tem previsão de abertura para o público em aproximadamente duas semanas.

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