Opinião
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Um sarau filosófico. É assim que o grupo Galpão define a peça Eclipse, baseada na obra do russo Anton Chékhov (1860-1904), que foi remontada para o Festival de Teatro de Curitiba deste ano. Enquanto aguardam o fim de um eclipse solar, cinco pessoas falam sobre a existência humana. Essa é a base dos escritos de Chékhov, que mostram atualidade, apesar de serem centenários. O confronto de ideias e o respeito pelos personagens e suas posições são marcantes na obra do russo.
No espetáculo, enquanto a espera pelo fim do eclipse solar se torna longa, as posições e visões do mundo desencadeiam situações absurdas.
A montagem teve uma curta temporada em Belo Horizonte, terra natal do Galpão, no fim de ano. A peça é dirigida pelo russo Jurij Alschitz, que, segundo os atores, trabalhou com eles para tirar o tom pessimista que as montagens de Chékhov costumam ganhar.
A participação do diretor é considerada um capítulo à parte na história do grupo mineiro. Alschitz vem do tradicional teatro russo, enquanto o Galpão tem sua trajetória no teatro de rua e na comédia.
"[Alschitz] nos conduziu a um amadurecimento em muitos sentidos e a outra percepção da nossa existência", garante o ator Chico Pelúcio. "Ele [o diretor russo] nos mostrou o paradoxo que é a obra de Chékhov. Uma cena triste pode ter uma situação cômica", afirma a atriz Inês Peixoto.
Eclipse é a segunda montagem do Galpão baseada na obra de Chékhov. No ano passado, os mineiros trouxeram para Curitiba Tio Vânia.
Serviço:
Eclipse - Teatro da Reitoria (R. XV de Novembro, 1.299), (41) 3360-5066. Hoje, amanhã e domingo, às 21 horas.R$ 50 e R$ 28 (meia-entrada mais taxa). Classificação indicativa: 12 anos.
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