Quem não assistiu aos shows que o Twisted Sister fez no Brasil no ano passado perdeu a chance de ver os roqueiros usando sua famosa maquiagem. Desta vez não haverá blush gritante ou penteados mirabolantes.
Em seu retorno ao país, eles tocam com visual mais sóbrio, inclinado para o rock-machão: "Usaremos apenas aço e couro", disse o guitarrista Eddie Ojeda em entrevista ao G1. A banda começa a pequena excursão por Curitiba nesta sexta (26) e depois segue para São Paulo no sábado (27).
"Aposentamos a maquiagem no ano passado. Foi ótimo ter voltado a usá-la em nossos shows. Tivemos grandes públicos, mas não sei se foi coincidência. Acho que as pessoas estão mais interessadas em nossas músicas."
A figura colorida dos nova-iorquinos, influenciada pelo glam rock dos anos 70, recebeu enorme exposição nos clipes de faixas como "We're not gonna take it", lançada em 1984. Na época, os vídeos ganhavam tratamento cinematográfico.
"Era muito empolgante. De repente tínhamos aquela equipe enorme de filmagem, com luzes, atores, gente por todo lugar... Me sentia como uma estrela do cinema gravando um filme em Hollywood. Eles tinham até trailer, era realmente grandioso", diz Ojeda.
Apesar de a fama ter vindo nos anos 80, com os álbuns "Under the blade" (1982), "You cant stop rocknroll" (1983) e "Stay hungry" (1984), a vinda ao Brasil no ano passado foi a primeira da banda. "Na época todos nos falavam do país, havia o Rock in Rio e um monte de coisas acontecendo, mas nunca entramos num acordo com os promoters brasileiros."
Nesta segunda excursão, apesar do visual diferente, o repertório deve se manter bem próximo ao que se ouviu no ano passado. "Não temos planos de lançar um novo álbum, então nos focamos naquilo que o público quer ouvir, nossos maiores sucessos", diz Ojeda.
Eles mantêm até um espaço em sua página online em que os fãs podem mandar sugestões de repertório. "Algumas bandas têm que tocar certas músicas. Não tocar I wanna rock e The price é como o Iron Maiden não tocar The number of the beast."
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