A exposição "Cow Parade", que expõe vacas temáticas em diversos pontos de Curitiba, sofreu três baixas deste o dia 28 de novembro, quando começou a ser exposta na cidade. O último ato de vandalismo foi registrado na madrugada desta quarta-feira (10), quando a vaca Chiclete (Chewing Cow), que ficava no Largo da Ordem, foi jogada escada abaixo na galeria Julio Moreira. Com a queda, as duas patas dianteiras foram quebradas e a Fundação Cultural de Curitiba (FCC) acabou recolhendo a peça para restauração, o que não tem prazo para acontecer.
De acordo com comerciantes e trabalhadores da região, a cada manhã a vaca Chiclete aparecia em um lugar diferente. Um fato curioso foi que a escultura chegou a ser confundida em dezembro do ano passado por um boi de verdade, que escapou de um leilão e circulou pelo centro de Curitiba.
Na tarde de quarta, outra vaca, instalada no portal de Santa Felicidade, foi roubada. A peça já havia sofrido com atos de vandalismo (o pneu que fazia parte da obra já tinha sido retirado, substituído e avariado). Está foi a segunda peça roubada da exposição. A primeira foi a do Parque São Lourenço, no fim do ano passado
Segundo os organizadores da exposição, ataques as obras urbanas já são previstos, mas está foi a primeira vez que o circuito mundial da Cow Parade registrou roubo de peças. O mais próximo disso aconteceu em Portugal, quando uma vaga foi seqüestrada na estréia da mostra, porém foi devolvida no mesmo dia. O diretor de marketing da FCC, Marcelo Cattani, lamenta a ação isolada de alguns vândalos, que causam um prejuízo maior do que o material: o moral. Ainda de acordo com o diretor, os maiores problemas na cidade foram registrados com as peças que fica em lugares menos movimentados.
As autoras das obras de arte também ficaram surpresas com os atos de vandalismo. Segundo a artista plástica Juliana Leonor Kudlinski, é de se espantar tamanha agressividade por parte da população. Para ela, os ataques refletem o estado de espírito dos curitibanos atualmente. A FCC e a Toptrends, empresa parceira da prefeitura na esposição, devem registrar boletim de ocorrência e estudar a reposição das peças até o fim da mostra, que acaba no dia 29 deste mês.
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