Concerto
Confira as obras do concerto que será regido por Luiz Fernando Malheiro:
Villani-Côrtes
Cinco Miniaturas Brasileiras para Orquestra é um ciclo de peças composto por "Prelúdio", "Toada", "Choro", "Canção de Ninar" e "Baião". A obra será apresentada em seu arranjo para cordas
Santoro
Brasiliana é a quarta sinfonia de Cláudio Santoro (1919-1989), escrita em 1954. Foi escrita por Santoro para que fosse acessível para todo tipo de público. A sinfonia adota o modelo barroco
Berlioz
A Sinfonia Fantástica, de 1830, é considerada o símbolo do início do Romantismo na França. Diferentemente das sinfonias tradicionais, tem cinco movimentos. A obra se baseia em uma narrativa, conta as alucinações de um personagem sob efeito de ópio
A vanguarda representada pelas obras de dois compositores brasileiros e do francês Hector Berlioz (1803-1869), em suas respectivas épocas, criam uma espécie de unidade no concerto da Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP), que acontece hoje, às 20 horas. Com regência do maestro convidado Luiz Fernando Malheiro, é a primeira vez que a OSP apresenta a Sinfonia Brasiliana, de Claudio Santoro (1919-1989), e a Sinfonia Fantástica, de Berlioz obra que marcou o início da escola do romantismo na França.
"São, esteticamente, obras bastante distintas. Mas funciona porque [a Sinfonia Fantástica] não é uma sinfonia tradicional, nos moldes românticos, mozartianos ou de Beethoven [1770-1827]. É uma sinfonia completamente diferente, descritiva, muito moderna para a época dela. Até podemos fazer uma ponte entre Berlioz e Santoro não musical, ou estética, mas em termos de pioneirismo", diz Malheiro, que é diretor artístico e regente titular da Orquestra Amazonas Filarmônica e do Festival Amazonas de Ópera.
Brasileiras
A primeira parte do concerto começa com as Cinco Miniaturas Brasileiras para Orquestra, de Edmundo Villani-Côrtes e é seguida por Brasilianas, de Santoro uma sinfonia de curta duração, composta em 1954. "Ainda se faz muito pouca música brasileira em concertos. Santoro é um compositor importantíssimo, muito pouco executado e bastante desconhecido. Então, sempre que posso, gosto de incluir uma obra dele nos programas", diz Malheiro.
Ruptura
A Sinfonia Fantástica, de Berlioz, é a segunda parte do concerto. A obra é considerada uma ruptura com os padrões das sinfonias na França de 1830. É composta por cinco movimentos diferentemente das sinfonias tradicionais, que têm quatro e se estrutura sobre uma história fantástica, que narra as alucinações de um jovem compositor apaixonado sob efeito de ópio. Entre as inovações usadas por Berlioz na composição, está o conceito de ideia fixa (idée-fixe, em francês), que associa um tema melódico a uma personagem.
"É uma obra muito importante. Difícil e virtuosística, dá muitas chances para a orquestra se exibir, e achei importante fazer uma peça que a orquestra não tinha no repertório", diz Malheiro. "É uma sinfonia fácil de seguir. Não tem nenhum pedaço chato, que possa ser entediante. Acho que a reação do público vai ser bem legal", diz Malheiro.
Para o diretor artístico e maestro titular da OSP, Osvaldo Ferreira, a Sinfonia Fantástica, deve chamar atenção do público de música erudita pelo ineditismo, mas também deve agradar a novos públicos. Para o maestro, o impacto sonoro da obra, característica marcante das orquestrações de Berlioz, provocam sensações similares aos muitos decibéis de concertos de rock. "Sinto que essa música é quase como uma pintura. É possível entender as atmosferas do baile, da noite das bruxas, da vida campestre. É uma linguagem que, ainda hoje, os compositores de Hollywood utilizam para tocar os sentimentos das pessoas em filmes", explica.
Serviço:
Orquestra Sinfônica do Paraná com regência de Luiz Fernando Malheiro. Teatro Guaíra (Pça. Santos Andrade, s/n.º), (41) 3304-7900. Dia 22, às 20 horas. R$ 20 e R$ 10 (meia)
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