Walker morreu durante a produção do filme e seus irmãos foram chamados como dublês.| Foto: Divulgação

Onipresentes nesta semana no metrô de Nova York, os outdoors promocionais de Velozes e furiosos 7, em cartaz nos cinemas de Curitiba, consistem de uma mesma imagem: um Vin Diesel enternecido, a cabeça encarando decididamente o chão e não a imagem, à sua frente, de um Paul Walker angelical.

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O ator que encarnava o ex-policial Brian O’Conner, a outra metade da dupla formada com Dom Toretto (Diesel), morreu em novembro de 2013, aos 40 anos, num acidente de carro.

Com direção do malaio James Wan – conhecido do público pelas marcas de terror Jogos Mortais (2004), Sobrenatural (2010) e a elogiada Invocação do Mal (2013), cuja segunda parte chega aos cinemas no ano que vem –, Velozes 7 quase não saiu do papel.

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O estúdio temia por uma produção cujas filmagens já haviam passado da metade e que, em uma história centrada em personagens aficionados por carros esportivos, perdera um de seus protagonistas quando ele estava na carona de um Porsche Carrera GT, dirigido por um amigo do ator, no subúrbio de Los Angeles.

A saída de Wan foi contar com os dois irmãos mais novos de Walker – Caleb e Cody – como dublês e manipular com destreza o arquivo de imagens da franquia, cujo primeiro tomo chegou aos cinemas em 2001 e rendeu bilheterias acumuladas de quase US$ 2,4 bilhões para os seis títulos.

“Foi um trabalho técnica e emocionalmente difícil. Walker era adorado por seus pares e família. Transformei o filme em uma grande homenagem, e o espírito no set passou a ser o de ‘vamos fazer esse filme para o Paul’. Por isso mesmo não vou entrar nos detalhes técnicos usados para conseguir tê-lo lá, o tempo todo. Tudo o que menos quero é que o público transforme Velozes 7 em um jogo de ‘onde está Paul?’ e deixe a emoção de lado”, diz Wan.