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Alfons Hug: curador geral da mostra,cargo que divide com Ticio Escobar | Divulgação
Alfons Hug: curador geral da mostra,cargo que divide com Ticio Escobar| Foto: Divulgação

Os oito profissionais convidados para compor a equipe curatorial da 6.ª VentoSul – Bienal de Curitiba, que se realiza em setembro do próximo ano, participam hoje, às 17 horas, do lançamento oficial do evento, no pequeno auditório do Museu Oscar Niemeyer (MON).

Se, no ano passado, o tema Água Grande: Os Mapas Alterados reuniu obras que discutiam questões relacionadas ao meio ambiente, como a necessidade de se racionalizar a água, agora a Bienal se debruça sobre o momento atual da arte. Com o tema Além da Crise, a intenção é incitar "a produção poética e a reflexão acerca de certas questões-chave da arte contemporânea", de acordo com a justificativa já publicada no site do evento.

Os curadores gerais – o alemão radicado no Rio de Janeiro, Alfons Hug, e o paraguaio Ticio Escobar, ministro da cultura do governo de seu país e curador geral da Trienal de Arte Contemporânea do Chile – falam sobre o novo conceito curatorial e divulgam alguns nomes que já foram selecionados para compor a lista de artistas que vão participar da Bienal, ainda em fase de elaboração.

Uma das novidades é que eles serão assessorados por duas cocuradoras, a argentina Adriana Almada e a chilena Paz Guevara, e quatro curadores convidados: os curitibanos Artur Freitas, Eliane Prolik e Simone Landal, mais Alberto Saraiva, curador da Oi Futuro do Rio de Janeiro. Até então, os profissionais estrangeiros predominavam, mas agora há um empate numérico que busca reforçar o olhar sobre a produção local.

"Curitiba tem artistas da mais alta relevância, e nosso desejo é que ninguém fique de fora, que a Bienal seja uma vitrine, não só para artistas estrangeiros e de outras partes do país, mas também locais. A intenção é que, assim como a Bienal de São Paulo, o evento seja instrumento de divulgação da mais alta relevância para os artistas daqui", diz o diretor geral da VentoSul, Luiz Ernesto Meyer Pereira.

A nova edição também prevê uma ampla ação educativa, organizada por duas curadoras curitibanas: a artista e professora Denise Bandeira, e a coordenadora do curso de Artes Visuais da Faculdade de Artes do Paraná (FAP), Sonia Tramujas. Elas vão realizar, com início em março, atividades de capacitação de professores dos ensinos médio e fundamental e voltadas aos estudantes de graduação de áreas afins como as Artes Visuais e o Cinema. "A ação educativa será realizada antes, durante e depois da Bienal e se complementa, ainda, com visitas guiadas de alunos mediadas por monitores capacitados", diz Pereira.

A organização do Bienal prepara uma extensa programação para os meses de março a dezembro, que inclui palestras, mesas-redondas, exposições, cursos, oficinas, mostra de filmes, performances, interferências urbanas e residência artística, ocupando os principais espaços culturais da cidade. Esta é, aliás, uma das peculiaridades do evento curitibano. "A Bienal não se limita aos museus e galerias. Desde o ano passado, ela se insere também em outros espaços urbanos", diz o diretor.

Serviço:

Na internet, www.bienaldecuritiba.com.br.

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