Uma verba de R$ 241mil vai permitir que Curitiba e o Paraná revejam considerável parte de sua história. O recurso, oriundo do Programa Petrobrás Cultural, será investido no acervo da Cinemateca de Curitiba e permitirá a exibição de 45 filmes paranaenses realizados entre as décadas de 20 e 50. Os títulos em questão não podem ser mostrados hoje porque utilizam película com base de nitrato. A substância é altamente inflamável e pôde causar grandes incêndios (como pode ser visto em Cinema Paradiso, o premiado longa-metragem do italiano Giuseppe Tornatore). Com o investimento, cada filme escolhido receberá duas cópias em película, uma para exibição e outra para preservação em acervo.
"Esse é um edital simbólico, porque estamos garantindo a manutenção de filmes de nitrato que não podem ser projetados em função de sua volatilidade. É quase como trazer 45 filmes paranaenses inéditos para a população", afirma Marcelo Cattani, diretor de marketing da Fundação Cultural de Curitiba (FCC). Os filmes selecionados são predominantemente cinejornais que registram episódios da memória paranaense. O pacote conta com cinco produções de João Bastita Groff, um dos pioneiros do cinema no Paraná. É o caso de As Manobras Militares no Paraná, filme realizado por Groff em 1926.
O investimento é uma fração de um total de R$ 933,842 mil que serão aplicados na Cinemateca de Curitiba no decorrer do próximo ano. Outros R$ 172 mil do Programa Caixa de Adoção de Entidades Culturais serão destinados para melhoria da infra-estrutura, incluindo a instalação de um sistema de ar-condicionado na sala de exibição. Com mais R$ 30 mil, conquistados em dezembro de 2005 com o Prêmio Nacional de Cinema da Ancine (Agência Nacional de Cinema), somados a outros R$ 40 mil que a própria FCC irá desembolsar, a Cinemateca poderá obter um processador de som Dolby Surround e novas caixas de som.
Outros R$ 100 mil, oriundos da própria FCC serão usados para mais melhorias na estrutura física da Cinemateca, incluindo recuperação do telhado, novo sistema elétrico e pinturas no prédio. A reforma deverá tornar o espaço apto para receber um Núcelo de Produção Digital, outro projeto que vai receber R$ 350 mil do programa Rede Olhar Brasil, do Ministério da Cultura. Destes, R$ 125 mil serão destinados à cursos de qualificação para cineastas paranaenses e o público em geral. Uma série de atividades será promovida pelo projeto a partir de agosto, abrangendo, segundo a FCC, todas as nove administrações regionais do município. O restante da verba, R$ 225 mil, será empregado para montar uma avançada estrutura de produção digital dentro da Cinemateca. A liberação de maior parte dos recursos já está encaminhada.
Segundo Marcelo Cattanni, as verbas demonstram um bom momento para a produção audiovisual na cidade. A intenção da FCC é ampliar o programa Cinema nos Bairros e repetir no fim do ano o edital de vídeo digital, introduzido no ano passado. Em 2007, também será reinaugurado o Cine Guarani, dentro do programa de recuperação do Centro Cultural do Portão.
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