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Parte do elenco de A Falta Que Nos Move e a vista da casa onde foi feita a gravação, no Rio de Janeiro | Divulgação
Parte do elenco de A Falta Que Nos Move e a vista da casa onde foi feita a gravação, no Rio de Janeiro| Foto: Divulgação

Para aproveitar ao máximo A Falta Que Nos Move (confira trailer, fotos e horários das sessões; atenção à data de validade da programação em cinza), talvez seja melhor você desistir de ler esta matéria. O filme, que estreia hoje no Unibanco Crystal, fica no meio do caminho entre o documentário e a ficção, e parte de uma pesquisa de linguagem da diretora de teatro carioca Christiane Jatahy. O espectador se pergunta o tempo todo se está vendo cenas de improviso ou baseadas em um roteiro.

Partindo de sua peça A Falta Que nos Move ou Todas as Histórias São Ficção (2005), que ficou cinco anos em cartaz, Christiane elaborou um roteiro inicial, sobre o qual os atores criaram situações de diálogos. Foram oito ensaios durante quatro meses, até o esperado dia da gravação.

Cinco atores – Cristina Amadeo, Daniela Fortes, Marina Vianna, Kiko Mascarenhas e Pedro Brício – chegam a uma casa no Rio de Janeiro, com vista estupenda, para comemorar o Natal, e aguardam por alguém que não sabem se chegará. Durante essa espera, diversos diálogos acontecem, com os atores usando seus próprios nomes e citando pessoas de suas famílias. O tempo todo, provocam o espectador a imaginar o que seria verdade e o que seria inventado.

O filme foi gravado de uma vez só, em 13 horas de captação, todo dentro da casa, no dia 23 de dezembro de 2007. Havia regras bem claras. A filmagem não poderia ser interrompida – o que precisou ser repensado pela produção quando a atriz Cristina Amadeo bateu a cabeça de verdade. "Os atores estavam tão comprometidos com a proposta que nem cogitaram interromper", conta a diretora.

Além disso, cada ator tinha um roteiro próprio, e iriam cozinhar, comer e beber de verdade. Foram utilizadas três câmeras de mão, e a produção dirigia os atores via torpedos de celular – alguns deles chegam a aparecer no filme editado.

O elenco se conhecia da peça de teatro, o que ajudou no estabelecimento das conversas que se desenrolam no filme. "Se me surpreendi, foi com a verticalização da atuação. Os atores mantiveram a proposta e viveram aquilo quase como numa maratona."

No fim, conforme Christiane contou à Gazeta do Povo, o tema do longa-metragem acaba sendo os relacionamentos. Mas o melhor seria ver tudo isso sem ler essa matéria.

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