Edgar Bueno disse que vai analisar se deixa as funções nos próximos dias| Foto: Luiz Carlos da Cruz/Gazeta do Povo

Foram anunciados na noite da última segunda-feira (24), os dois vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura, premiação concedida pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo desde 2008, com foco na produção de romances. O escritor mineiro Bartolomeu Campos de Queirós, falecido em janeiro deste ano, teve seu romance Vermelho Amargo, publicado pela Cosac Naify em março de 2011, premiado na categoria melhor romance do ano, enquanto a paulistana Suzana Montoro recebeu o prêmio na categoria melhor romance do ano – autor estreante, com o livro Os Hungareses, publicado pela editora Ofício das Palavras. Tanto ela quanto a família de Campos de Queirós receberam R$ 200 mil, o maior valor dado em premiações literárias no Brasil.

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Em sua quinta edição, o Prêmio São Paulo de Literatura selecionou as obras de Bartolomeu Campos de Queirós e Suzana Montoro a partir de uma lista prévia de dez finalistas em cada categoria, divulgada em agosto deste ano. Vermelho Amargo desbancou romances de autores como Domingos Pellegrini, Luiz Ruffato, Tatiana Salem Levy, Luiz Vilella e Michel Laub, enquanto Os Hungareses destacou-se entre romances de estreia de nomes já conhecidos do mundo das letras, como o linguista Marcos Bagno, a jornalista Eliane Brum e o contista Júlian Fuks.

Isabel Coelho, diretora do núcleo infantojuvenil da Cosac Naify, que recebeu o prêmio em nome do autor falecido, diz que Vermelho Amargo é um livro delicado. "Ele tem um registro que destoa do resto de sua obra, razão pela qual ele procurou a editora para publicá-lo. Há, portanto, uma sensação de encerramento de um momento para nós." Vermelho Amargo, de acordo com o júri, é uma obra inesquecível que "expressa com densidade reflexiva a vivência subjetiva do personagem principal". Já o livro de Suzana Montoro destacou-se pelo "texto fluente e sensível, capaz de articular diferentes histórias sem perder a unidade".

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